Quinta-feira, 19 Setembro, 2024
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ATENTO AO PROCESSO DE 9 DE OUTUBRO: Moçambique observou eleições na Venezuela

Por Jornal Notícias
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A MISSÃO de observação eleitoral da Comissão Nacional de Eleições (CNE) às presidenciais da Venezuela afirma que o escrutínio de domingo naquele país foi simples e deu para extrair lições que podem ser implementadas no país.

Esta é a conclusão a que chegou a equipa liderada pelo presidente deste órgão, Carlos Matsinhe, que esteve em missão de observação eleitoral naquele país da América do Sul.

Em comunicado de imprensa tornado público ontem, este grupo de trabalho ressaltou que o pleito decorreu num clima de concórdia e pacifidade, portanto, digno para servir de referência.   

“A concorrência dos partidos políticos não está baseada num espírito de inimizade ou injúrias e ameaças contra uns e outros, mas sim na apresentação das suas convicções e suas linhas ideológicas, respeitando as suas leis e a sua dignidade colectiva. Enfim, são muitas, mas simples, lições que anotámos nos poucos dias de trabalho da nossa missão de observação”, lê-se na nota.

A CNE partilhou ainda que participaram nas eleições de domingo cerca de 500 observadores provenientes de diversos países, incluindo, Moçambique. Além de Carlos Matsinhe, esteve também Simeão Nhambe, do Instituto Republicano para a Democracia.

No que se refere à experiência obtida, este órgão eleitoral mostrou-se  admirado com o formato em que o processo de votação acontece destacando o ritmo de autonomia nos locais de voto.

“De referir que, durante a observação junto das mesas de votação e assembleias eleitorais, surpreendeu-nos a simplicidade do processo, falta dos fiscais dos partidos políticos, embora tivessem o direito de testemunhar o processo. O formato de votação automatizado é bastante transparente do início ao fim”, acrescenta o documento.

“Os eleitores usam o Bilhete de Identidade para a votação. Isto é, na Venezuela não há recenseamento somente para fins eleitorais, o que poupa o país do custo do recenseamento eleitoral, o tempo dos cidadãos e diversos recursos”, refere ainda, numa alusão ao sistema moçambicano, que a cada acto eleitoral recenseia toda a população com capacidade eleitoral.

Referiu ainda que o grande número de candidatos envolvidos na corrida à presidência da Venezuela  não teve qualquer tipo de influência na alteração da ordem e tranquilidade durante o processo eleitoral.

“Estas eleições foram marcadamente participativas e pacíficas. Apesar de terem participado 38 candidatos e os respetivos partidos políticos, o ambiente foi tranquilo, o que significou que existe maior confiança entre os partidos políticos concorrentes bem assim com todo o sistema eleitoral. A Venezuela usa um sistema digital automatizado, o que facilita tanto a votação como o processamento rápido dos resultados”, frisou.

Na Venezuela, o actual Presidente, Nicolás Maduro, obteve 5,15 milhões de votos nestas eleições, a frente do candidato da oposição, Edmundo Gonzalez Urrutia, que obteve pouco menos de 4,5 milhões (44,2%), de acordo com os números oficiais anunciados pelo presidente do CNE, Elvis Amoroso.

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