Primeiro PlanoRecreio e Divulgação EDUARDO WHITE (1963-2014): Entre a memória e o esquecimento Por Jornal Notícias Há 4 meses Criado por Jornal Notícias Há 4 meses 2,K Visualizações Compartilhar 1FacebookTwitterPinterestEmail 2,K LUCAS MUAGA ASSINALA-SE este ano uma década da morte de Eduardo White, um dos maiores nomes da poesia moçambicana contemporânea. O seu desaparecimento físico deu-se a 24 de Agosto de 2014, na cidade de Maputo, depois de uma batalha contra a doença. Nascido em Quelimane, província da Zambézia, a 21 de Novembro de 1963, o autor deixou poesia e prosa como herança. A sua lírica, espalhada em mais de vinte livros, continua a ser um dos seus maiores legados e continua a inspirar gerações de autores. Teve uma carreira brilhante e coroada de distinções. Tal se nota nos livros “País de Mim”, Prémio Gazeta da revista Tempo, “Poemas da Ciência de Voar e Engenharia de Ser Ave”, Prémio Nacional de Poesia, “Dormir com Deus e um Navio na Língua”, Prémio Consagração Rui de Noronha, “Manual das Mãos”, Prémio José Craveirinha, e “O Poeta Diarista e os Ascetas Desiluminados”, Prémio Glória de Sant’Anna, mostram o quão teve uma carreira literária brilhante. No entanto, os prémios não dizem tudo do autor, até porque entre os seus trabalhos mais aclamados estão “O País de Mim” e “Janela para Oriente”, que exploram temas como amor, perda e complexidade da condição humana. A sua obra oferece uma profunda reflexão sobre a identidade e cultura moçambicanas, tendo inclusive conquistado leitores além-fronteiras. Ainda assim, há quem defenda que o poeta está a ser esquecido, apesar de consensual o discurso segundo o qual Eduardo White é uma figura por eternizar. Alguns autores e amantes da sua escrita entendem que nos anos que se seguiram à sua morte a obra do poeta não recebeu a atenção que merecia. Há, por isso, quem se dê a missão de combater este esquecimento. Um deles é o escritor Luís Cezerilo, que recentemente publicou “O Resgate da Memória: um olhar crítico sobre Eduardo White”, um livro que homenageia Eduardo White, por ocasião da passagem dos 10 anos da sua morte. A obra apresenta diversos capítulos que navegam na problemática da literatura e no amor contemporâneo através do poeta. “Percorremos vários caminhos da dimensão whiteana, mas o foco central da obra centra-se na memória e no esquecimento. Onde está a nossa memória colectiva? Por que esquecemos? Alguém que não é meramente um património nacional?”, questinou o autor. O acto comemorativo, que juntou vários escritores e amantes da escrita do poeta, ocorreu em dois dias. A primeira festa deu-se na Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), um dos espaços que White frequentava, sem contar com o facto de ter sido um dos fundadores do mesmo. A segunda teve lugar na Matola. Você pode gostar também MELHOR LIVRO DO ANO: Quatro obras disputam galardão Clésio Jonaze aborda o amor em “Blues for My Angels” Artesã Vely Kunda exibe “As Mãos da Mulher” “Tudo pela Cultura” é novo CD dos Marrove CULTURAEDUARDO WHITE Compartilhar 1 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Fundo investe 527 milhões de euros em países lusófonos Próxima artigo Filipe Nyusi baptizado campeão dos “big five” Artigos que também podes gostar Sabedorias ancestrais em exposição Há 1 dia DICAS SOBRE SAÚDE: Saiba como iniciar a alimentação do bebé Há 1 dia “Pequenos guerreiros” vencem desafios da prematuridade Há 1 dia Memorando fortalece actividade cultural Há 2 dias Kool & The Gang não vai actuar em Maputo Há 4 dias Selma Uamusse canta no tributo a Sara Tavares Há 4 dias