Quarta-feira, 18 Dezembro, 2024
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Combate às “fake news” deve começar na escola

Por Jornal Notícias
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O combate à desinformação, que se manifesta através de partilhas de informação falsa, vulgo “fake news”, deve começar nos estabelecimentos de ensino.
É por isso que as escolas são desafiadas a ensinar às crianças, adolescentes e jovens a serem responsáveis pelos conteúdos que geram e colocam no espaço público através das plataformas digitais.
Esta posição foi defendida hoje, na Universidade Púnguè, na cidade de Chimoio, província de Manica, pelo jornalista e docente universitário Júlio Manjate.
Falando perante uma plateia constituída maioritariamente por estudantes de Licenciatura em Ensino de Português e Estudos Editoriais da Universidade Púnguè, cuja comunicação estava subordinada ao tema “Comunicação e Cidadania em Tempos de Fake News”, Manjate defendeu a necessidade de se incentivar a educação para os media que, segundo sustenta, deve começar mais cedo, nas escolas, no ensino básico.

“Se necessário, partamos agora para a adopção de medidas compulsórias, ao nível dos conteúdos curriculares, de modo que o debate sobre a comunicação comece o mais cedo possível entre os cidadãos”, frisou Júlio Manjate que é também Presidente do Conselho de Administração da Sociedade do Notícias.
Lembrou que a circulação de informação falsa não fenómeno novo, mas multiplica-se “vertiginosamente nos meios digitais, contaminando e comprometendo processos de informação e de formação dos indivíduos para a cidadania e para a democracia”.
Perante este cenário, segundo Manjate, “o cidadão deve ser mais comedido na escolha, de entre a informação disponível, aquela que deve orientar as suas convicções e decisões, tornando-se num melhor cidadão”.
Manjate não só apresentou suas ideias como também fez um convite à reflexão: “Podem as novas tecnologias de informação e comunicação, com todo o poder que transportem, induzir ao desabamento do edifício de cidadania alicerçada nos vínculos de pertença a um Estado-Nação; de participação política e de consciência de se ser indivíduo portador de direitos e deveres?”.

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