Domingo, 24 Novembro, 2024
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EM SEIS PROVÍNCIAS: País regista melhorias na prevenção de doenças

Por Jornal Notícias
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MAIS de 174 mil famílias das províncias de Inhambane, Sofala, Tete, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado foram certificadas nos últimos seis anos como modelos na promoção de boas práticas na saúde, higiene e saneamento, e nutrição nas comunidades.

A acção preconizada na Estratégia Nacional de Promoção de Saúde visa a adopção de comportamentos benéficos para as famílias e comunidades, que contribuam para prevenção de doenças e melhoria de indicadores de saúde, como a redução de casos de malária, diarreias, cólera, desnutrição e a mortalidade infantil.

A informação foi partilhada ontem em Marracuene, na Reunião Técnica Nacional sobre famílias modelos que reúne quadros do Ministério da Saúde (MISAU) para o balanço da implementação da Estratégia de Promoção de Saúde (EPNS).

A médica Laurinda Mondlane apontou que as províncias de Nampula, Zambézia e Sofala apresentam o maior número de famílias cumpridoras das boas práticas para mudança social e de comportamento, com 97.238, 45.253, 28.647, respectivamente.

Segundo referiu, as famílias obedecem pelo menos 80 por cento dos critérios que servirão de exemplo e motivação para as outras, acrescentando que estas devem ter sanitários em condições de uso, sistema para lavagem das mãos, rede mosquiteira em cada cama ou esteira.

Os agregados devem ainda ter um sistema de tratamento e armazenamento seguro de água, copa para a secagem da loiça, aterro sanitário, cartão de saúde das crianças menores de cinco anos e outros parâmetros nutricionais. Os petizes devem, igualmente, comer pelo menos três vezes por dia produtos disponíveis localmente.

Ajuntou que as mulheres são instadas a fazer uso de um método contraceptivo moderno, efectuar consultas pré-natais pelo menos quatro vezes durante a gravidez, ter todas as crianças com mais de seis anos a frequentar escola e com menos de cinco anos registadas.

Mondlane apontou, no entanto que apesar dos ganhos alcançados prevalecem os desafios para assegurar através da supervisão e monitoria regular, que as famílias certificadas mantenham ou adoptem as boas práticas para a prevenção de doenças, exiguidade de fundos para a deslocação dos técnicos do nível central para o acompanhamento de intervenção provincial e distrital.

A chefe do Departamento de Promoção de Saúde, Natércia Monjane, apontou que a fraca divulgação e apropriação das actividades pelos sectores parceiros do MISAU, a demanda crescente para a resposta para área de promoção de saúde devido a múltiplas emergências que o país enfrenta e financiamento ainda limitado constituem desafios para a sua implementação.

Defendeu o engajamento de outros programas e ministérios, aumentar a percepção de risco pela população para adopção de medidas protectoras, busca antecipada de cuidados de saúde nas unidades sanitárias, fazer a avaliação das necessidades de resposta à emergência e fazer o ajuste das intervenções pelas equipas no terreno.

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