Domingo, 24 Novembro, 2024
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A RESIDIREM NA CHINA: Moçambicanos satisfeitos com serviços consulares

Por Jornal Notícias
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André Matola, em Beijing

A comunidade moçambicana na China diz-se satisfeita com a assistência que recebe da embaixada e fez questão de o frisar no encontro que teve ontem com o Presidente da República, Filipe Nyusi, que se encontra de visita ao país asiático.

A maioria dos elementos da comunidade, 193 ao todo, é estudante dos níveis de mestrado e doutoramento, a quem o Presidente da República encorajou a regressar a Moçambique findo os cursos para alavancar o país.

Entretanto, os participantes no encontro queixaram-se da diminuição do número de bolsas de estudo disponibilizadas pelo Governo chinês, tendo o Presidente prometido discutir o assunto com as autoridades deste país, até porque na segunda-feira uma empresa comprometeu-se financiar 100 estudantes moçambicanos.

Findo os estudos os moçambicanos gostariam de frequentar estágios profissionais em empresas chinesas em Moçambique.

Hoje, quarto dia da visita de trabalho, Nyusi vai encontrar-se com o seu homólogo chinês, Xi jiping, numa demonstração de respeito e solidariedade entre os dois povos, cujas relações diplomáticas datam desde os primórdios da luta de libertação nacional.

O encontro antecede a Cimeira de Cooperação China-África, que arranca amanhã, na qual Nyusi, segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, vai falar sobre “paz e segurança olhando na perspectiva de um futuro compartilhado que conduz à modernidade e ao desenvolvimento dos nossos países”.

Ontem o Presidente recebeu representantes de três multinacionais, nomeadamente a Huawei, SRBC e StarTimes.

O Presidente do Conselho de Administração da StarTimes, Xixing Pang, garantiu que a sua empresa fará a migração digital da Rádio Moçambique, sendo que o trabalho estará concluído em menos de um ano, tramitados os processos burocráticos e logísticos.

No contexto comercial, o mercado chinês abriu-se para mais três produtos moçambicanos – macadâmia, feijão-verde e castanha de caju – com a assinatura de um acordo bilateral entre os governos dos dois países.

O entendimento tem validade de três anos renováveis e enquadra-se no acordo entre ambos para a exportação, livre de taxas, de 400 produtos moçambicanos.

Em África apenas 15 países celebraram com o gigante asiático um acordo similar ao conseguido por Moçambique.

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