Domingo, 24 Novembro, 2024
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REFLEXÕES DA MUVALINDA: Setembro Amarelo e outras coisitas a mais

Por Jornal Notícias
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SETEMBRO Amarelo é uma campanha de prevenção ao suicídio que acontece durante todo o mês de Setembro. O objectivo é consciencializar as pessoas sobre a importância de falar abertamente sobre saúde mental, oferecer apoio a quem está a passar por dificuldades emocionais e incentivar a busca por ajuda profissional.

A cor amarela simboliza a luz e a esperança, e diversas acções, como palestras, eventos e campanhas nas redes sociais, são realizadas neste mês para promover essa causa. É um momento importante para quebrar tabus e apoiar aqueles que precisam.

Estamos na época da campanha eleitoral para as sétimas eleições gerais no país e todos os candidatos nos seus manifestos prometem melhorar a vida dos moçambicanos, as condições materiais e o bem-estar de toda a população sem excepção, como também garantir o desenvolvimento do nosso país.

Em 2014, Moçambique foi classificado pela Organização Mundial da Saúde como um dos países africanos com maior índice de suicídio em África, com 27,3 casos de suicídio em cada 100 mil habitantes. Múltiplos factores, dentre eles os socioeconómicos, são apontados como um dos principais para que jovens vejam no suicídio a solução para se libertar das suas inquietações.

As políticas públicas são como se fossem uma espada de dois gumes, elas influenciam positivamente e negativamente na saúde das comunidades e também nas taxas de suicídio. Se o Governo de um país salvaguardar e implementar políticas e acções para mitigarem o suicídio haverá um impacto na população.

As políticas públicas têm um papel fundamental na prevenção do suicídio e podem influenciar as taxas de várias maneiras. Aqui estão alguns pontos importantes:

1. Acesso a serviços de saúde mental: Políticas que garantem acesso a serviços de saúde mental, como terapia e apoio psicológico, ajudam a tratar problemas que podem levar ao suicídio.

2. Educação e consciencialização: Campanhas educativas sobre saúde mental e prevenção ao suicídio podem aumentar a consciencialização e reduzir o estigma, encorajando mais pessoas a buscarem ajuda.

3. Intervenções em crises: A criação de linhas de apoio e serviços de intervenção em crises pode oferecer suporte imediato para pessoas em situações de risco.

4. Formação de profissionais: Capacitar profissionais de saúde, educadores e outros agentes comunitários para reconhecer sinais de alerta e oferecer suporte pode fazer uma grande diferença.

5. Ambiente seguro: Políticas que promovem ambientes seguros, como restrições ao acesso a métodos letais, também podem ajudar a diminuir as taxas de suicídio.

6. Monitoramento e pesquisa: Investir em pesquisas sobre as causas do suicídio e monitorar as taxas pode ajudar a entender melhor o problema e desenvolver intervenções eficazes.

Essas acções integradas têm o potencial de salvar vidas, criando uma rede de apoio que é vital para os que estão a passar por momentos difíceis.

Somos um país com muitos recursos que podem gerar riquezas e que podem, por sua vez, melhorar significativamente a qualidade de vida das populações, mas para tal precisamos fazer uma escolha consciente dos nossos dirigentes, pois os mesmos irão impactar directamente as nossas vidas. E como a Bíblia realça em Provérbios 29:2: “Quando os justos governam, o povo se alegra; mas quando o ímpio domina, o povo geme.” Faça uma escolha consciente, não te deixes enganar por falácias e vãs palavras dos que não têm experiência de governação e muito reclamam e pouco amam a Pátria.

* Psicóloga e activista social

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