Grande Maputo NGOLHOZA: Relatos de um bairro onde o básico é “luxo” Por Jornal Notícias Há 3 meses Criado por Jornal Notícias Há 3 meses 1,K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,K LEOVIGILDO DA CRUZ ISOLADOS na “ilha da escuridão” é como os residentes do bairro Ngolhoza, no município da Matola, descrevem as condições em que vivem. O sentimento tem a ver com as dificuldades que enfrentam diariamente, principalmente causadas pela falta de energia eléctrica. É uma zona com elevado potencial que nos próximos tempos deverá entrar na rota do desenvolvimento com a implantação do terminal rodoviário inter-provincial, cujas obras de construção foram lançadas recentemente pelo Executivo Provincial. Enquanto o progresso não chega, a população queixa-se da falta de quase tudo. Para minimizar a falta de energia, uns recorrem a painéis solares e geradores, enquanto outros contribuem para comprar postes e cabos, por forma a acelerar o processo de electrificação levado a cabo pela Electricidade de Moçambique (EDM). FOTO 1- Sem corrente eléctrica, moradores recorre ao uso de painéis solares A falta de corrente eléctrica tem igualmente impacto na actividade económica, pois os comerciantes recorrem a meios alternativos como gás para conservar os produtos, facto que encarece os bens essenciais, reduzindo o já baixo poder de compra da população. Além disso, tal cenário propicia o recrudescimento da criminalidade, porque as ruas e terrenos baldios são pontos de eleição dos malfeitores que se aproveitam da escuridão para assaltar, agredir física e sexualmente os transeuntes, agravando a sensação de vulnerabilidade. A morosidade na expansão da rede eléctrica e a falta de infra-estruturas sociais básicas como hospitais, escolas, postos policiais são apontados como factores para o fraco desenvolvimento socioeconómico local. Outrossim, a precariedade das vias de acesso e a carência de transporte público também são apontados como desafios, porque os munícipes são obrigados a percorrer longas distâncias para aceder a estes serviços ou recorrer a carrinha de caixa aberta, vulgo “my love”. FOTO 2- Da precariedade das vias à falta de energia Apesar das dificuldades, os mais de oito mil agregados familiares mantêm a esperança de verem as suas condições de vida melhoradas. Para que tal aconteça, pedem maior investimento local bem como a rápida intervenção das autoridades governamentais. Você pode gostar também MISAU avalia primeiro dia da greve Detido indiciado de violar e matar menor de dois anos Há casos de doenças respiratórias em Maputo Jovens detidos por roubo em serigrafias NgolhozaREPORTAGEM Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Moçambique e Vietname rubricam instrumentos jurídicos Próxima artigo Apreendido avião com droga no aeroporto de Bissau Artigos que também podes gostar REDUÇÃO DA TARIFA: Transportadores pedem subvenção no combustível Há 3 horas Cidadã trucidada em Maputo Há 4 dias “Pontapear” direitos em nome das manifestações Há 5 dias Terminal da Junta volta a ter passageiros Há 1 semana Alguns bairros com restrições de água Há 1 semana Paralisação de comboios afecta 22 mil passageiros Há 1 semana