Quinta-feira, 19 Setembro, 2024
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FAZENDO JUS A ANTOINE LAVOSIER: Reciclam e transformam lixo em artigos atraentes

Por Jornal Notícias
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ANABELA MASSINGUE  

A CÉLEBRE frase do cientista francês, Antoine Lavosier, segundo a qual “na natureza nada se perde, tudo se transforma”, tende a ganhar corpo no seio de muitas pessoas, particularmente jovens, que vêm na matéria-prima descartada, uma oportunidade de transformá-la em algo que alegra a vista e gera auto-emprego.

Um dos exemplos vem de Tchumene II no Município da Matola, de onde o projecto Mãos Hábeis transforma lixo em luxo, ao mesmo tempo que procura mercado na praça para se tornar num grande empreendimento, gerador de postos de emprego.

É do descarte do pneu, madeira, lacra de latas de bebidas, tampas de garrafas plásticas ou de vidro, e discos compactos, que muitos artigos de adorno e de utilidade diversa vão sendo criados pelas mãos de gente jovem, que encontrou no projecto oportunidade de auto-emprego e geração de renda para as suas famílias.

Rosita Alberto é mentora deste plano e seu sonho é vê-lo a crescer e dar frutos.  Antiga docente da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), afirma que mesmo sem testemunhar os momentos áureos do projectado empreendimento, a sua maior satisfação sempre será o legado que pretende deixar.

Conta que ainda na fase activa, lidou com assuntos ambientais e durante esse período conheceu jovens talentosos fora da academia. É em jovens como Sílvio Vilanculos que apostou em trabalhar e hoje, volvidos poucos anos da existência do seu projecto, vê os resultados desse desafio a florescerem porque o artesão já consegue forjar outros jovens no seu atelier.

Docente de Geografia, Rosita Alberto passou a apaixonar-se por assuntos ambientais, depois de terminar o mestrado em Desenvolvimento Agrário, virado para a gestão de recursos naturais.

“Já reformada pensei em fazer algo, nesta área, que contrariasse o espírito de muitos formados de procurar emprego. A minha perspectiva é habilitá-los a gerar seu próprio emprego e a empregar os outros”, disse.

Acredita na necessidade de transformar o conhecimento científico em prático, razão pela qual abraçou este desafio associando-se a jovens talentosos, dando-lhes o espaço dela para trabalharem, o conhecimento teórico, e mostrar, ao mesmo tempo, que do “nada” pode-se fazer muita coisa.

Satisfeita pelo nível de aceitação caracterizado pela solicitação dos artigos forjados no seu atelier, que considera gratificante, tem o plano de expandir, formalizar o empreendimento e torná-lo um grande negócio. Temos a felicidade de, em 2022, termos feito a melhor árvore de Natal com base em garrafas de vidro que foi uma linda montra montada em Marracuene,…

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