Véspera das chuvas reaviva velhos medos

ELÍSIO MUCHANGA

A APROXIMAÇÃO da época chuvosa 2024/2025 está a reavivar o medo de milhares de pessoas, que se veem na iminência de, mais uma vez, ficarem isoladas devido à degradação acentuada das estradas e o deficiente escoamento das águas pluviais.

O receio deve-se ao facto de as chuvas intensas registadas entre Fevereiro e Abril de ano em curso terem colocado desafios na transitabilidade dos residentes da área metropolitana da Região do Grande Maputo, devido à precariedade das vias.

Na altura, as autoridades locais realizaram intervenções paliativas, enquanto procuravam fundos para reabilitar as estradas e abrir canais de escoamento das águas.

Entretanto, quando falta menos de um mês para o início da época chuvosa, as principais vias continuam a reclamar reabilitação e as valas ficaram por abrir ou por limpar. Face a este cenário, persiste o medo de que o drama possa repetir-se.

A rua da Mozal, na Vila Municipal da Matola-Rio, por exemplo, devido ao avançado estado de degradação em que elaa se encontra, as viaturas fazem zigue-zagues para circular sobre o que sobra do asfalto para evitar acidentes.

A avenida Josina Machel, entre Socimol e Matola Gare, a via Patrice Lumumba/ Fios, a rua do Nkobe, a avenida das Indústrias, o troço Manduca/ T3, há muito deixaram de oferecer condições de segurança aos utentes.

No bairro da Liberdade à Lusalite, a destruição causada pelas enxurradas continua, com as casas quase inacessíveis, porque as ruas ainda estão submersas.

As obras realizadas pelo Conselho Municipal da Matola logo após ao fim da época chuvosa no troço Liberdade-Mahlampswene, foram de sol de pouca dura, pois, a estrada já carece de uma nova intervenção.

Salomão António, 39 anos, automobilista e residente na Matola-Rio, não esconde a preocupação pelo estado de algumas vias de acesso estão, cuja degradação se acentuou com as chuvas registadas no início do ano.

Foto: Féling Capela

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