Domingo, 24 Novembro, 2024
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TENTATIVA DE GOLPE: RD Congo condena à morte 37 pessoas

Por Jornal Notícias
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UM tribunal militar da República Democrática do Congo (RD Congo) condenou  à morte 37 pessoas, incluindo três norte-americanos, acusadas de participarem numa tentativa de golpe de Estado.

Os réus, na sua maioria congoleses, mas também um britânico, um belga e um canadiano, além dos americanos, têm cinco dias para recorrer da sentença, sobre acusações que incluem terrorismo e associação criminosa, sendo que 14 pessoas foram absolvidas no julgamento, que teve início em Junho.

O tribunal da capital, Kinshasa, condenou os 37 arguidos e impôs “a pena mais severa, a da morte” no veredicto proferido pelo juiz-presidente, Major Freddy Ehuma, num processo de tribunal militar ao ar livre, que foi transmitido em directo pela televisão, na sexta-feira.

Richard Bondo, o advogado de defesa dos seis estrangeiros, disse que contestava o facto de a pena de morte poder ser actualmente aplicada na RD Congo, apesar de ter sido reintroduzida no início deste ano, e afirmou que os seus clientes não dispunham de intérpretes adequados durante a investigação do caso.

Em Maio, seis pessoas foram mortas durante a tentativa de golpe de Estado mal sucedida, liderada por Christian Malanga, que visava o palácio presidencial e um aliado próximo do Presidente Felix Tshisekedi.

Segundo o exército congolês, Malanga foi morto a tiro quando resistia à prisão, pouco depois de ter transmitido o ataque em directo nas suas redes sociais.

O seu filho, Marcel Malanga, de 21 anos, que é cidadão norte-americano, e dois outros foram condenados pelo ataque.

O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América (EUA), Matthew Miller, disse sexta-feira aos jornalistas, em Washington, que o governo federal estava ciente da sentença.

O departamento não declarou que os três americanos foram detidos injustamente, o que torna improvável que tente negociar o seu regresso.

A RD Congo restabeleceu a pena de morte no início deste ano, levantando uma moratória de mais de duas décadas.

O código penal do país permite que o Presidente designe o método de execução. No passado, as execuções foram efectuadas por fuzilamento.

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