Sexta-feira, 22 Novembro, 2024
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PR AO INAUGURAR FÁBRICA DE TIJOLEIRA: Produção local de material reduz custos de construção

Por Jornal Notícias
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ABIBO ALY

A APOSTA na produção local de materiais para o sector de construção civil constitui um dos grandes caminhos para assegurar a redução dos custos do mercado imobiliário moçambicano.

A afirmação foi feita ontem, em Pessene, distrito da Moamba, província de Maputo, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, ao inaugurar a fábrica Safira Moçambique, Lda., uma unidade industrial de produção de tijoleira e azulejos.

Trata-se de uma empresa pioneira no país neste ramo de actividade, com um investimento avaliado em 140 milhões de dólares norte-americanos, sendo, por isso, a maior unidade do género em África.

O Chefe do Estado entende que este empreendimento representa um ponto de partida para a diversificação da economia e das exportações, substituição das importações e estímulo à criação de emprego e renda para jovens, particularmente, mulheres nas zonas rurais.

Segundo o Presidente, a unidade fabrica produtos com maior valor de mercado, como tijoleira e mosaicos, que representavam a fuga de recursos a favor de indústrias estrangeiras.

O empreendimento, da classe da indústria transformadora, vai adicionar valor às empresas locais, diversificar as fontes de fornecimento e assegurar a poupança de divisas com importações de tijoleira e azulejos na ordem de 12,7 milhões de dólares anualmente.

Para o Chefe do Estado, a autonomia industrial traz benefícios, que se traduzem, por um lado, na redução de custos e, por outro, na queda substancial da necessidade de compra de moeda externa para a importação.

Por seu turno, Lio Zong, sócio da empresa, disse que a materialização deste investimento resulta do convite formulado pelo Presidente Nyusi aquando da sua visita à República do Uganda, onde o grupo também opera.

A execução do projecto envolve directamente a contratação de 1200 trabalhadores moçambicanos e um adicional de cem estrangeiros, números que, segundo os gestores, reflectem a importância da integração da mão-de-obra local e internacional, garantindo a transferência de conhecimento e desenvolvimento de capacidades técnicas.

O Governo, no seu Programa Quinquenal 2020-2024, elegeu o sector da indústria como motor para a transformação estrutural da economia, impulsionando o crescimento económico, produtividade e geração de emprego.

Foto: Jerónimo Muianga

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