Quinta-feira, 19 Setembro, 2024
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Empresas comprometem-se a processar grafite no país

Por Jornal Notícias
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CARLOS TEMBE

AS empresas mineiras que operam no Norte do país estão a trabalhar para fazer o processamento final dos produtos localmente, incluindo grafites, conforme garantia dada ontem ao Presidente da República, Filipe Nyusi, no distrito de Nipepe, no Niassa.

Wu Tao, Presidente do Conselho de Administração da HD Mining, proponente do projecto de extracção e processamento de grafite em Nipepe, ressalvou, entretanto, que a concretização do processamento final está dependente da melhoria da qualidade de electricidade na zona.

O empreendimento, de capitais chineses, faz parte de um grupo de empresas vocacionadas à exploração de grafite e areias pesadas que se encontram em fase de laboração e processamento nas províncias de Nampula e Zambézia, sendo que a produção é exportada para o mercado internacional sem adição de valor.

Filipe Nyusi, que trabalha desde ontem na província do Niassa, visitou a fábrica de grafite da DH Mining, cuja implantação absorveu cerca de 100 milhões de dólares norte-americanos.

Na ocasião o Chefe do Estado frisou que o Governo estimula o estabelecimento de projectos de expansão de electricidade, ressalvando, contudo, que se trata de investimentos muito onerosos.

Manifestou-se favorável ao estabelecimento de parcerias entre as empresas mineiras que operam no país com outros grupos de firmas vocacionadas ao processamento final de produtos de grafite e areias pesadas.

Referiu que o processamento local das matérias-primas exploradas em Moçambique constitui prioridade, por ser a via acertada para o alcance do objectivo de dinamização da economia.

Entretanto, ainda em Nipepe, o Presidente inaugurou a ponte erguida pela DH Mining, avaliada em 15 milhões de dólares, sendo que a infra-estrutura vai dinamizar as trocas comerciais, sobretudo de produtos agrícolas, entre as províncias do Niassa e Nampula.

Nipepe é um produtor por excelência de culturas como amendoim, milho, soja, algodão, tabaco e hortícolas, que passam a ser escoadas para o mercado de Nampula através da ponte sobre o rio Lúrio, cuja construção durou cerca de dois anos.

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