Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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PARA CORRIGIR FALTA DE DIVISAS: Privados propõem redução das reservas obrigatórias

Por Jornal Notícias
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O SECTOR empresarial propõe que o Banco de Moçambique (BdM) reavalie a sua posição e reduza a taxa de reservas obrigatórias fixada em 39,5 por cento para moeda estrangeira, para aliviar a falta de liquidez no mercado.

Para a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), o Banco Central não tem fundamento teórico, nem empírico para manter a taxa de reservas obrigatórias que está a criar o desnível de disponibilidade da moeda estrangeira no mercado.

Esta é a reacção da CTA às declarações do governador do Banco Central, Rogério Zandamela, que considerou estável a disponibilidade de dinheiro em moeda estrangeira, porém, com desníveis entre as instituições bancárias.

Ao anunciar as medidas tomadas pelo Comité de Política Monetária (CPMO), Zandamela garantiu que as reservas continuam a aumentar e que a solvabilidade externa, em termos de pagamento das importações de serviços e produtos, é satisfatória.

Entretanto, a CTA considera que o regulador ignora a situação do mercado de divisas, que regista cada vez menor disponibilidade, enfraquecendo a actuação das empresas.

Entende que entre as causas de tal cenário consta o aumento da taxa de juro das reservas obrigatórias de 11,50% para 39,5%, medida que, segundo Zuneid Calunias, vice-presidente da CTA, pressiona a liquidez de divisas, aliada à suspensão da comparticipação do BdM na factura de importação de combustíveis, que mudou o mercado.

Explicou que os bancos comerciais aumentaram a procura por divisas para suportar as importações de combustíveis, resultando na subida das conversões líquidas. No entanto, tal procura não foi acompanhada por uma balança comercial equilibrada.

“Neste contexto, e assumindo que, desde o fim da intervenção do BdM no mercado de divisas, as reservas internacionais líquidas cresceram em 40%, atingindo uma cobertura de 4,9 meses de importações, em Junho, e tendo em conta que o ‘benchmark’ do FMI é de 2,8 meses, o BdM tem condições para apoiar o mercado no suprimento gradual das necessidades”, afirmou Calunias.

Assim, a CTA apela à redução da taxa de reservas obrigatórias para moeda estrangeira, e injecção no mercado para que os bancos ganhem confiança e utilizem a sua posição cambial positiva para apoiar as empresas.

Foto: CTA

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