Sábado, 23 Novembro, 2024
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CERTIFICAÇÃO DE QUALIDADE: Moçambique vai acreditar laboratórios internamente

Por Jornal Notícias
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O PAÍS está a criar um organismo de acreditação para conferir reconhecimento internacional aos serviços prestados por laboratórios nacionais e superar os desafios resultantes da dependência de acreditação estrangeira.

A futura entidade terá a responsabilidade de avaliar e reconhecer a competência dos laboratórios, tanto de calibração de instrumentos de medição como de ensaios em diversos ramos.

Este passo é fundamental para a certificação da qualidade, permitindo que os laboratórios operem em conformidade com os padrões internacionais, sem custos de importação de auditores.

Trata-se de um processo coordenado pelo Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), responsável pela implementação da política de qualidade, através das actividades de normalização, metrologia, certificação e garantia de qualidade.

Segundo o director-geral do INNOQ, Geraldo Albasini, que falava, recentemente, no seminário de lançamento do projecto de elaboração do plano de criação da entidade, os serviços dos laboratórios de ensaio e calibração no país são frequentemente avaliados por entidades estrangeiras.

A maioria dos laboratórios recorre ao Instituto Português de Acreditação; Sistema Nacional de Acreditação Sul-Africano (SANAS); e Serviços de Acreditação da SADC, dependência que representa custos, com o país a gastar um a dois milhões de dólares, anualmente.

Neste momento, decorre uma avaliação da procura dos serviços de acreditação no país, para determinar o potencial de sustentabilidade da entidade. O estudo, financiado pelo Banco Mundial, determinará o tempo para a implementação efectiva do organismo.

“Se esta parceria conseguir financiar-nos para que a entidade funcione nos primeiros três a cinco anos com esse apoio, certamente que dentro de dois anos podemos ter a entidade criada”, disse Albasini.

A Associação dos Laboratórios de Moçambique está satisfeita com o projecto, salientando a necessidade de flexibilizar a sua implementação, embora reconheça a importância de garantir a sustentabilidade da entidade, o que não deve ser encarado como obstáculo.

Ana Paula Mandlaze, da associação, destacou que a maioria das auditorias é realizada em inglês, o que aumenta a complexidade dos processos e custos.

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