COOPERAÇÃO BILATERAL: Ganhos devem ser tangíveis

WALTER MBENHANE

A cooperação entre Moçambique e as repúblicas Dominicana e do Cazaquistão deve traduzir-se em ganhos tangíveis nos esforços de desenvolvimento dos respectivos países e povos.

Esta asserção é do Presidente da República, Filipe Nyusi, após receber, ontem, em Maputo, cartas credenciais dos embaixadores da República Dominicana, Erika Rodriguz, e do Cazaquistão, Yerkin Akhizhanov, cujas representações diplomáticas abriram pela primeira vez em Moçambique.

Na sua alocução, o Chefe do Estado referiu que a abertura das duas embaixadas em Moçambique abre uma nova era nas relações diplomáticas formais entre os países e cria oportunidade para promover o conhecimento mútuo e dinamizar a cooperação. Destacou também a importância da cooperação política e diplomática, sobretudo num mundo assolado por conflitos e mudanças climáticas, cuja gestão requer medidas globais e imediatas.

No desenvolvimento socioeconómico, Moçambique pretende trabalhar conjuntamente com os dois países nas áreas de turismo, agricultura, recursos minerais, telecomunicações e infra-estruturas de transporte. “A nossa localização geográfica na costa oriental de África pode facilitar as ligações com cadeias de fornecimento de mercadorias, via marítima, em diferentes partes do mundo, incluindo a Ásia Central, onde se localiza o Cazaquistão, por exemplo”, disse Nyusi.

Erika Rodriguz, embaixadora da República Dominicana, disse que a sua indicação expressa a vontade de elevar as relações de amizade, solidariedade e cooperação com Moçambique.

Por seu turno, Yerkin Akhizhanov, do Cazaquistão, referiu que a abertura da embaixada em Maputo é demonstração da vontade e compromisso de construir uma relação duradoura com Moçambique. Esclareceu que o Cazaquistão regista progressos visíveis em potencialidades que incluem minérios, petróleo e gás natural que contribuem para a aceleração da industrialização.

Entretanto, ainda ontem, o Chefe do Estado recebeu outras seis cartas credenciais dos embaixadores de Venezuela, Coreia do Sul, Somália, Chile, Colômbia e Mauritânia. Verónica Macamo, ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, destaca a importância da solidariedade e cooperação sul-sul na luta contra o terrorismo, na gestão de destruições geradas pelas mudanças climáticas e busca de respostas aos perigos provocados pela Covid-19, HIV-Sida e ébola.