Opinião & Análise Assassínio ou acidente: 38 anos sem Samora Machel Por Jornal Notícias Há 1 mês Criado por Jornal Notícias Há 1 mês 981 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 981 STÉLIO DIMANDE NO domingo, 19 de Outubro, Samora Machel viajou com a sua delegação para Mbala, na Zâmbia, onde deveria participar numa reunião da Linha da Frente. Um dos pontos da agenda era Machel, Kaunda e José dos Santos, presidentes de Moçambique, Zâmbia e Angola, respectivamente, confortarem o líder do Zaire, Mobuto Sese Seko acerca do seu apoio à UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola, é um partido político angolano). É o maior partido da oposição desde 1976, no qual o apoio a essa formação político-militar angolana recebia o da América através do Zaire. Outro ponto da agenda era verificarem o apoio da África do Sul à RENAMO (Resistência Nacional de Moçambique). Entretanto, no final da reunião Machel e a sua delegação deixaram Mbala com destino a Maputo. Tragicamente, o avião presidencial despenhou-se no solo sul-africano, em Mbuzini. A notícia do sucedido em Moçambique só chegou por volta das 6.00 horas do dia 20, na pessoa de Pik Botha na altura ministro dos Negócios Estrangeiros da África do Sul. O funeral do Presidente Samora Machel teve lugar no dia 28 de Outubro de 1986. É na Praça dos Heróis moçambicanos, em Maputo, que se localiza a cripta de Machel, que se encontra ao lado do arquitecto da Unidade Nacional. Após 38 anos do desaparecimento físico de Machel, há muitas questões. Assassínio ou acidente? O mais importante é recordar que Machel, pela sua abertura, criou muitas divergências e inimigos na região da África Austral. Já tinha desavenças com Magnus Malan, por causa deste e o seu governo apoiarem a RENAMO, bem como o apoio sul-africano à UNITA. Machel tinha querelas com o ditador Mobuto, presidente do Zaire, que apresentava uma governação corrupta, luxúria, enquanto o povo continuava pobre e miserável. Foram vários inimigos externos que Machel teve ao longo do tempo e que a sua morte já era desejada na diáspora por muitos. Será que a nível interno todos comungavam dos mesmos ideais com Samora Machel? Trinta e oito anos depois, o dossier de Mbuzini continua aberto ou fechado? Leia mais… Você pode gostar também BELAS MEMÓRIAS: No dia em que o comboio não apitou REFLEXÕES DA MUVALINDA: O poder da informação BELAS MEMÓRIAS: O ovo não se parte, pai!(1) REFLEXÕES DA MUVALINDA: Culpa ACIDENTEASSASSÍNIOSamora Machel Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Funeral de Dias e Guambe marcado para amanhã e quinta-feira Próxima artigo Nyusi felicita Chissano pelos 85 anos Artigos que também podes gostar BELAS MEMÓRIAS: O ovo não se parte, pai! (3) Há 3 dias CÁ DA TERRA: Não há lugar para a descrença Há 3 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (Concl.) Há 6 dias Rússia e África: Passado e futuro da amizade (1) Há 6 dias REFLEXÕES DA MUVALINDA: E se der certo?! Há 6 dias O retorno de Trump anuncia uma abordagem mais dura dos EUA em... Há 1 semana