Domingo, 24 Novembro, 2024
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Governo desencoraja adesão a manifestações

Por Jornal Notícias
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O GOVERNO reitera o alerta a todos os cidadãos para não aderirem a manifestações populares ilegais, convocadas para amanhã e sexta-feira, devendo manter foco no trabalho, com calma e serenidade, enquanto esperam pelo anúncio dos resultados eleitorais. 

Esta exortação foi apresentada ontem pelo porta-voz da 30ª Sessão do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, numa conferência de imprensa, durante a qual lamentou o facto do candidato presidencial Venâncio Mondlane ter-se auto-proclamado vencedor das eleições e ter convocado a manifestação que chamou de greve geral mas que mais tarde tornou-se noutro evento.

Suaze reiterou o apelo ao foco no trabalho para que as instituições públicas e privadas possam continuar a garantir capacidade de produzir salários e mais investimento no país.

Questionado sobre a força aplicada na repressão dos manifestantes, explicou que, no âmbito da actuação das Forças de Defesa e Segurança (FDS) há vários meios coercivos usados para dissuadir ajuntamentos ilegais e constitucionalmente estas têm a prerrogativa de garantir a ordem e tranquilidade públicas. 

“Se tiver havido excessos no uso da força e meios será matéria de avaliação e em momento oportuno será tornada pública a confirmação ou rejeição do suposto uso de balas verdadeiras”, frisou.

Acrescentou que, neste contexto, serão anunciados procedimentos sobre os autores que convocaram ajuntamentos ilegais para a sua responsabilização. “Os primeiros culpados são as pessoas que organizaram e depois as que tenham agido fora das normas, vandalizando bens alheios”.

Sobre a convocação de outros eventos similares, esclareceu que a greve é organizada por sindicatos de trabalhadores para convocar a paralisação de actividades da empresa em reivindicação de melhores condições de trabalho ou salários; outro evento pode ser considerado manifestação política para outros interesses.

Assim, Suaze alerta aos cidadãos para não paralisarem as actividades de geração de renda, porque há risco dos empregadores não pagarem salários por défice de produção, enquanto os trabalhadores participaram em uma greve ilegal ou manifestação.

O porta-voz do Governo pediu aos pais e/ou encarregados de educação a evitarem que seus dependentes menores sejam instrumentalizados para cumprirem agendas inconfessas.

Esclareceu não ter havido intenção da PRM em atacar jornalistas que estavam em actividade, admitindo que foram atingidos durante a operação de dispersão de manifestantes onde estavam a realizar uma entrevista.

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