Primeiro PlanoRecreio e Divulgação BANDA DESENHADA: Expressão artística que aceita diversidade Por Jornal Notícias Há 3 meses Criado por Jornal Notícias Há 3 meses 1,3K Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 1,3K NÁGEL MUNGOI A BANDA desenhada destaca-se como uma forma de expressão artística que combina a narrativa textual e a ilustração para contar histórias e abordar temas complexos de maneira simplificada para públicos diversificados. Os seus elementos visuais desempenham um papel significativo na cultura contemporânea, exercendo influência em diversas esferas com destaque para a educação, arte, entretenimento e comunicação social sobre temas diversos. As suas condições de desenvolvimento de histórias permitem abordagens descontraídas sobre questões sociais, políticas e culturais através de uma linguagem que alcança diferentes idades e extractos socioeconómicos. Estas e outras reflexões sobre a importância desta forma de expressão foram apresentadas na Segunda Mostra de Banda Desenhada da BDPALOP, que teve lugar há dias na cidade de Maputo para promover a sua produção nos países africanos de língua portuguesa, assim como lançar nove livros de autores moçambicanos, angolanos e cabo-verdianos. No debate, que envolveu autores das obras da presente edição, o ilustrador moçambicano Rui Tauacha apontou como grande equívoco restringir banda desenhada ao público infantil, como é comum. “Tal como a prosa e os textos líricos, estas produções estão dívidas em géneros como infanto-juvenil, romance e conto. Integra também diferentes temáticas, totalmente ficcionais ou inspirados na realidade”, afirmou. O ilustrador acrescentou que os quadrinhos, como são também designados, são vistos geralmente como forma de entretenimento “menor” em comparação com a literatura tradicional porém eles têm inspirado outras produções artísticas a nível internacional. “Por exemplo muitos filmes da Marvel ou DC Comics, estúdios norte-americanos, são inspirados em histórias e personagens de bandas desenhadas e têm ganhado popularidade em diferentes partes do mundo”, acrescentou. Por sua vez, a argumentista moçambicana Rosana de Andrade referiu que não se deve confundir a simplicidade da apresentação das personagens, histórias e o tipo de ilustrações característicos dos quadrinhos como restritos ao público infantil. “Podemos encontrar nos livros vários assuntos baseados em factos reais, desde relatos de guerra a grandes acontecimentos históricos, assim como reflexões sobre o quotidiano moçambicano e factos que marcam a actualidade internacional”, afirmou. A argumentista considera que esta expressão artística é muitas vezes um convite a literatura, “quem lê prosa ou poesia encontra simplesmente texto enquanto na banda desenhada há combinação de ilustrações, utilizando quadros e balões de fala o que facilita a leitura e o interesse pela história contada”. Para ela, esta forma de arte é promotora de uma rica experiência sensorial por utilizar cores, formas e expressões faciais que podem intensificar emoções e acções, sendo uma coordenação de desenhos gráficos e narrativa textual. Leia mais… Você pode gostar também Nyusi quer mais promoção de turismo Artes assinalam Dia Internacional da Mulher Leitura dramática celebra Guimarães Rosa Autora Rita Mendes e a “Teoria das Catástrofes” BANDA DESENHADACULTURA Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior CANCRO DA PELE: Mais de mil pacientes atendidos nos hospitais Próxima artigo Necessários 43 milhões para época chuvosa na cidade de Maputo Artigos que também podes gostar Paulina Chiziane e Sebastião Coana em diálogo artístico Há 16 horas Eliane Butelane conquista campeonato de poesia falada Há 17 horas Crenças culturais minam acesso ao aborto seguro Há 5 dias Xiquitsi no festival de Santa Catarina Há 7 dias Klemente Tsamba leva “Dizcontos” ao Brasil Há 7 dias TRACE AWARDS: Twenty Fingers e Mr. Bow candidatos a melhor artista dos... Há 1 semana