DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 4 semanas Criado por Jornal Notícias Há 4 semanas 519 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 519 A COMISSÃO Nacional de Eleições (CNE) anunciou ontem os resultados oficiais das eleições de 9 de Outubro, os quais conferem vitória ao partido Frelimo e seu candidato a Presidente da República, Daniel Chapo. O anúncio cumpre os ditames da Lei Eleitoral que estipula que, encerrada a votação, a CNE tem até 15 dias para divulgar os resultados do escrutínio, devendo, de seguida, submetê-los ao Conselho Constitucional, órgão jurisdicional que tem a competência de decidir sobre eventuais recursos, para depois proclamá-los e validá-los. Vale a pena relembrar que, para o escrutínio, estavam inscritos mais de 17 milhões de eleitores, incluindo cerca de 333 mil recenseados no estrangeiro. As eleições foram acompanhadas por perto de 12 mil observadores, entre nacionais e estrangeiros. Para além de quatro candidatos a Presidente da República, também concorreram 37 formações políticas ou coligações, que tentaram eleger deputados e membros das assembleias, donde sairá o governador da província. Outrossim, as autoridades registaram, durante o processo de votação, casos de ilícitos eleitorais e infracções de índole criminal que levaram à detenção dos infractores para efeitos de responsabilização. Ainda assim, as autoridades consideram que, no cômputo geral, no que concerne à ordem e segurança públicas, as eleições decorreram num ambiente de paz e tranquilidade em todo o país. Todavia, ainda relacionado com o processo eleitoral, afiguram-se preocupantes os focos de violência e de agitação que se verificaram na segunda-feira e ontem. A justificação dos promotores da manifestação, por sinal concorrentes no escrutínio, é de uma alegada viciação dos resultados pelos órgãos de gestão do processo eleitoral. Assumindo que existe espaço para a interposição de recurso, mormente o Conselho Constitucional, não se justificam os apelos à agitação popular que pode desembocar em violência pós-eleitoral num contexto em que o país busca consolidar a sua jovem democracia. Como se pôde constatar, quer na segunda-feira, primeiro dia das manifestações, quer ontem, o país esteve a funcionar praticamente a meio-gás, com a rede de ensino fechada, o mesmo acontecendo com a maioria dos restaurantes, escritórios e indústrias, uma vez que os trabalhadores não conseguiram sair de casa, com receio de agressão física. Aliás, o sector privado contabiliza, em apenas um dia de paralisação, prejuízos preliminares que ascendem os 4,1 mil milhões de meticais, o que é inaceitável num país cuja economia se está a refazer de várias crises. Trata-se de um cenário que pode estar a contribuir para a contracção do investimento nacional e estrangeiro, até porque o sector privado fala de cancelamento de reservas para o fim do ano. Ademais, ao se induzir os cidadãos a terem opiniões e atitudes menos favoráveis ao processo de democratização que o país está gradualmente a implementar, retrocede-se nos esforços para a pacificação e estabilidade política, para além de reavivar e exacerbar o ódio entre os principais actores políticos, projectando uma falsa sensação de inimizade entre os moçambicanos. Neste contexto, defendemos que mais do que manifestações, o país precisa de manter-se na rota do desenvolvimento, o que só é possível num ambiente de paz. Leia mais… Você pode gostar também Reabilitação da N1 arranca em Maio Cidade de Maputo calma Morreu jornalista Simião Ponguane Apelos à não adesão a marchas violentas DESTAQUESEDITORIAL Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Frelimo ganha maioria no Parlamento Próxima artigo O que dizem os partidos políticos Artigos que também podes gostar Centro de Trânsito de Maringana vai ajudar população vulnerável Há 3 horas CRISE PÓS-ELEITORAL: SADC encoraja solução pacífica Há 11 horas TA focado na expansão de instâncias aduaneiras Há 12 horas Presidente da República trabalha em Cabo Delgado Há 12 horas Produção pesqueira atinge 71 por cento do planificado Há 12 horas AVARIA DE MÁQUINA DE RADIOTERAPIA: Pacientes submetidos a tratamento alternativo Há 13 horas