Ungulani Ba Ka Khossa premiado em Portugal

O ESCRITOR moçambicano Ungulani Ba Ka Khossa recebeu recentemente o Prémio Literário Guerra Junqueiro em Lisboa, Portugal.

A distinção reconhece escritores dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e promove o idioma como um instrumento de cidadania e união entre as nove nações do continente onde é falada.

Além de Ungulani Ba Ka Khossa, o prémio já distinguiu Paulina Chiziane (Moçambique), José Luís Mendonça (Angola), Odete Costa Semedo (Guiné-Bissau), Cida Pedrosa (Brasil), Daniel Medina (Cabo Verde), Laureano Nsue Nguema Mibuy (Guiné Equatorial), Inocência Mata (São Tomé e Príncipe) e José Ramos Horta (Timor-Leste).

Ungulane Ba Ka Khossa nasceu em 1957 em Inhaminga, província de Sofala. Iniciou a sua carreira literária com a publicação de vários contos e foi cofundador da revista Charrua, que integrava a primeira geração dos escritores pós-independência.  

Com a sua primeira obra, “Ualalapi” (1987), afirmou-se de imediato como uma figura de referência na literatura moçambicana e lusófona. Com este livro, venceu o Grande Prémio de Ficção Moçambicana em 1990, e em 2002 foi considerado um dos 100 melhores romances africanos do século XX por um júri da Feira Internacional do Livro do Zimbabwe.

Ao longo da sua carreira, publicou outras obras de destaque como Orgia dos Loucos (1990), “Os Sobreviventes da Noite” (2007), que lhe valeu o Prémio José Craveirinha, e “Entre as Memórias Silenciadas” (2013), que foi distinguido com o Prémio BCI de Literatura como o melhor livro do ano.

Em 2018, foi reconhecido com o Prémio Literário José Craveirinha pelo conjunto da sua obra.

Ungulani Ba Ka Khossa formou-se como professor de História e Geografia na Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e leccionou no ensino secundário. Foi também secretário-geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) e director do Instituto Nacional do Livro e do Disco (INLD).

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