Quarta-feira, 30 Outubro, 2024
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Apelos à não adesão a marchas violentas

Por Jornal Notícias
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O MINISTRO do Interior, Pascoal Ronda, chamou a Imprensa, ontem em Maputo, para através desta apelar aos cidadãos a não aderirem a marchas violentas, mesmo reconhecendo que a manifestação é direito consagrado constitucionalmente.

Contudo, garante que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) continuarão a cumprir a sua missão de assegurar a livre circulação de pessoas e bens no país.

Esta exortação surge num contexto em que os médicos dizem ter registado durante as manifestações dez mortos e 73 vítimas de baleamento.

Falando após a sessão do Conselho de Ministros, o governante manifestou preocupação face à perturbação da ordem, segurança e tranquilidade públicas nas cidades de Maputo e províncias de Maputo, Manica, Tete, Nampula e Niassa.

Referiu que as manifestações assumiram contornos de violência concertada, causando vítimas, danos materiais à propriedade do Estado e de privados, para além de inviabilizar a realização de actividades importantes para o país.

Ronda explicou que foram os focos de perturbação que impeliram as FDS a cumprir a sua missão de repor a ordem e segurança pública, o que acabou resultando em mortes, ferimentos e destruição de infra-estruturas individuais e familiares, por conta do que considera comportamento nefasto ao interesse social.

Manifestou ainda solidariedade com todos os que perderam os seus entes queridos ou têm familiares feridos ou ainda sofreram outro tipo de consequências das manifestações.

Reiterou que as manifestações são por lei autorizadas, mas quando assumem contornos violentos e causam perturbação à vida das pessoas não são bem-vindas. “O Executivo condena a violência e a instrumentalização de jovens e crianças”.

Apelou à serenidade e calma dos moçambicanos e à resolução das diferenças com base na lei.

Na mesma ocasião, recordou que o Ministério Público tem expedientes lavrados relativos aos actores morais e materiais da agitação popular para responderem pelos seus actos.

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