Domingo, 24 Novembro, 2024
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Alerta para escassez de produtos básicos

Por Jornal Notícias
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AS constantes paralisações das actividades económicas e laborais no país, por conta das manifestações convocadas alegadamente para protestar contra os resultados das eleições de 9 de Outubro, podem levar à ruptura de “stock” de produtos alimentares essenciais.

O alerta é da comunidade empresarial da província de Maputo, depois de um encontro havido com o governador Manuel Tule, com vista, entre outros  outros aspectos, a solicitar um diálogo com a população no sentido de evitar a vandalização dos centros comerciais.

Farruque Osman, presidente da Federação Empresarial da Província de Maputo (ACIM), disse, à saída do encontro, que o impacto das paralisações vem fragilizar ainda mais a economia, numa altura que se estava a recuperar do impacto da Covid-19 e de calamidades naturais.

Trata-se de um cenário que, conforme argumentou, vai pôr em causa o cumprimento das obrigações fiscais, salariais, entre outros, o que irá resultar em recuos acentuados nos ganhos económicos que vinham sendo alcançados.

Anotou que muitos empresários antes das ameaças de paralisação tinham dificuldades em cumprir integralmente as suas obrigações, sendo que as manifestações violentas vêm degradar substancialmente o ambiente de negócios em Moçambique.

“Com estas paralisações e vandalização de estabelecimentos comerciais e outras propriedades privadas poderemos experimentar situações de ruptura de ‘stock’, porque os empresários têm receio de fazer importações. Isto pode levar à escassez de produtos e agravar ainda mais as dificuldades da população”, disse, apelando ao entendimento e resolução pacífica de quaisquer diferenças, sem pôr em causa a economia.

O governador da província, Manuel Tule, assegurou que o Executivo está a trabalhar nestas matérias de modo a garantir a segurança de pessoas e bens, evitar a perda de vidas humanas e destruição de bens públicos e privados.

Apelou à população a conter-se, não aderindo aos movimentos de vandalização.

A província de Maputo foi das que mais se ressentiram dos actos de vandalização de estabelecimentos comerciais por manifestantes.

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