Sexta-feira, 1 Novembro, 2024
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ALERTAM ECONOMISTAS: Manifestações acentuam degradação da economia

Por Jornal Notícias
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A ONDA de manifestações que se registam nos últimos dias no país pode degradar ainda mais o frágil tecido económico nacional, piorando a qualidade de vida da população, principalmente aquela que depende do comércio informal para a provisão de bens essenciais diários.

Este alerta é da Associação Moçambicana de Economistas (AMECON), acrescentando que a incerteza e insegurança podem concorrer para a fuga de capitais e investimentos, aumento do risco económico, contribuindo para a subida da inflação e, consequentemente, o incremento de preços dos produtos essenciais.

Neste contexto, os economistas convidam os políticos a colocarem os interesses colectivos acima dos individuais, pensando nas pessoas que vivem do que vendem diariamente, algumas das quais recorrem a pequenos empréstimos para realizar a sua actividade.

Para a AMECOM, a estabilidade macro-económica e a actividade produtiva passam pela estabilidade política económica e social que deve ser assegurada por todos os actores da sociedade, desde políticos, académicos, sociedade civil, associações profissionais e agentes do Estado.

Manifesta preocupação com potenciais riscos económicos, financeiros e segurança pública e privada dos cidadãos, como consequência das manifestações, atendendo que as duas últimas paralisações culminaram em mortes, feridos e destruição de património.

Em defesa do Estado de Direito Democrático, a AMECON convida os políticos a conformarem a sua actuação à lei e apela para que qualquer diferendo político-eleitoral seja resolvido em estrito respeito à Constituição da República e demais legislação do contencioso eleitoral.

Termina condenando os discursos que incitam à violência e promoção do ódio e o convite a manifestações defronte de instituições públicas, facto que poderá ser gerador de violência entre os contestadores e as forças da ordem e segurança, com potencial para gerar ruptura do tecido social irreparável a médio prazo.

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