Política Muchanga defende anulação de eleições de 9 de Outubro Por Jornal Notícias Há 4 meses Criado por Jornal Notícias Há 4 meses 989 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 989 O CABEÇA-DE-LISTA da Renamo ao cargo de governador da província de Maputo, António Muchanga, afirma que a anulação das eleições presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais realizadas no passado dia 9 de Outubro é a solução ideal para acabar com o impasse político que, na sua óptica, é actualmente vigente no país. Muchanga entende ainda que o processo de votação deste ano foi marcado por diversas irregularidades que contrariam o princípio de eleições livres, justas e transparentes apregoado pelos órgãos de gestão e administração eleitoral, mormente a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE). “As eleições não foram transparentes, não foram livres e nem justas. Ninguém percebe como é que perdeu nem de onde veio o vencedor. Então, anular seria a solução para acabarmos com toda a confusão e trabalharmos novamente para encontrar novas pessoas que possam dirigir os órgãos eleitorais e fazermos umas coisas limpas”, comentou o antigo porta-voz desta formação política. Questionado sobre o impacto que a anulação e posterior repetição do escrutínio poderia trazer para o país, António Muchanga referiu que o dinheiro não tem mais valor do que o “sangue das pessoas que estão a morrer nas manifestações” em nome do protesto contra os resultados eleitorais. Sublinha também que a harmonia que daí poderá advir ajudaria a sanar as feridas que estão a abrir-se devido às crescentes diferenças de ideias sobre os resultados eleitorais. O político e deputado da Assembleia da República pela bancada parlamentar da Renamo considera também que o seu posicionamento vai de acordo com aquilo que fariam outras nações que, à semelhança de Moçambique, primaram pelo Estado de Direito Democrático, que é, definitivamente, reconhecer os erros cometidos e mandar repetir o processo… mas com novos actores nos órgãos eleitorais. Sobre uma possível saída à tensão pós-eleitoral, Muchanga afirma que as manifestações e paralisações registadas desde o dia 21 de Outubro tornar-se-ão um modo de vivência no país, consolidando-se, dia após dia e com estragos cada vez maiores, pelo que, aconselha, a solução passa pela nulidade do processo. “Se as eleições não forem anuladas, de hoje em diante, em Moçambique, qualquer dia, quando alguém entender vai fechar a estrada. Então aí ninguém há-de vir investir o seu dinheiro aqui. Mesmo quem cá está nunca fará novos investimentos senão vender a empresa e levar o dinheiro para um outro lugar mais seguro”, alertou. Relativamente à validação e proclamação dos resultados pelo Conselho Constitucional, disse não estar expectante de algo diferente, olhando para aquilo que foi o cenário decorrente das últimas eleições autárquicas, em que viu as suas expectativas goradas diante de recursos submetidos, nos quais alegava irregularidades. “Eu acredito que o Conselho Constitucional não vai fazer diferente daquilo que fez no ano passado, invertendo resultados para dar vitória para quem não merece, mesmo diante de provas bastantes”, argumentou. Foto: Arquivo Leia mais… Você pode gostar também “Mais Integridade” avalia campanha eleitoral Papa nomeia Dom Luís Cárdaba para Núncio Apostólico em Moçambique Ambiente “calmo” no segundo dia de caça ao voto CONTRA VENÂNCIO MONDLANE: Tribunais não emitiram mandado de captura ANULAÇÃOEleições 2024POLÍTICARenamo Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior ZAMBÉZIA: INSS recupera 48 milhões em dívidas de contribuintes Próxima artigo MANIFESTAÇÕES PÓS-VOTAÇÃO: Governo sul-africano apela ao recurso à lei Artigos que também podes gostar Primeira-Dama anuncia 200 bolsas de estudo para filhos de viúvas Há 1 dia ONU reafirma compromisso com a paz em Moçambique Há 1 dia Chefe do Estado endereça mensagem de saudação aos médicos Há 1 dia Presidente da República recebe em Nacala homólogo do Botswana Há 1 dia Frelimo reúne-se amanhã para discutir eleições internas na Zambézia Há 2 dias SEGUNDO SALA DA PAZ: Abertura ao diálogo revela maturidade política e patriótica Há 2 dias