Quinta-feira, 21 Novembro, 2024
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Falta de manutenção acentua degradação de estradas

Por Jornal Notícias
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A FALTA de manutenção rotineira de algumas vias está a acentuar a sua degradação na cidade da Beira. O cenário é mais notável nos bairros Palmeiras, Matacuane, Esturro e Chipangara, o que inquieta os munícipes.

A situação agrava-se quando chega o tempo chuvoso, em que os buracos tendem a aumentar perigando a segurança de quem vai ao volante e mesmo dos transeuntes, pois as manobras feitas para contornar as “feridas” das vias são impressionantes.

O cenário é grave nas ruas Capitais de Sofala, Brito Capelo, Garcia da Horta, Comandante Correia da Silva, Barbosa do Bocacho, Fernão Veloso, Armando Tivane, entre outras, que em período chuvoso viram “bacias” de retenção de águas pluviais.

Vários entrevistados disseram que a situação é igualmente dramática no interior dos bairros, onde para além do mau estado estão igualmente a ser “amputadas” por alguns moradores que não hesitam em edificar muros para além dos espaços demarcados.

Apesar desta situação, reconhecem também intervenções bem feitas em algumas rodovias da urbe, nomeadamente Rua País Ramos, 2009, Capitão Pereira do Lago, as ruas 1 e 6 e a Avenida 24 de Julho, justificando daí o clamor pela reabilitação das vias que se encontram em péssimas condições.

Lopes Manuel, um dos entrevistados, recordou que as estradas existentes foram construídas no tempo colonial e por manifesta falta de manutenção foram se degradando em demasia.

“As vias no interior de Matacuane estão degradadas. Não sei qual o mecanismo para se resolver isto. Queremos que esta realidade mude para a livre circulação de pessoas e bens”, disse.

Alves Mariano, outro interlocutor, afirmou que “aqui no bairro das Palmeiras as ruas estão muito degradadas. Como automobilistas passamos muito mal e agudiza-se no tempo chuvoso. Pedimos intervenção urgente”, disse.

Owen Ismael, residente na cidade da Beira há bastante tempo, diz que o município deve procurar fundos para  reabilitar as estradas interurbanas, como Garcia da Horta, Pêro da Covilhã, entre outras em Matacuane.

“Assim como se encontram as nossas ruas, os carros não terão muito tempo de vida. Reconhecemos que algumas estradas estão melhoradas”, destacou Owen Wilson.

Segundo o citadino Joaquim Fernando “as ruas não estão muito boas para a transitabilidade. O município não pode apenas se focar nas vias principais. Deve entrar nos bairros para ver a real situação, para fazer mais trabalho. Quando chove torna-se difícil circular”.

Maria Sacur avançou que as estradas no Esturro e Matacuane estão esburacadas. Pior a rua Fernão Veloso, que dá acesso à Escola Industrial, que considera ter sido esquecida.

“Pedimos a intervenção do município para que este problema seja ultrapassado”, afirmou a munícipe.

Johane Ziangue não tem dúvidas de que a situação das estradas não está boa. Os carros circulam em condições difíceis.

“As vias são importantes, por isso pagamos impostos para a sua manutenção. No tempo chuvoso há dificuldades de circulação porque é muito complicado identificar onde tem ou não buracos”.

Afonso Mandane afirmou que em Matacuane as ruas estão cheias de covas, situação agravada pela falta de iluminação pública, o que torna ainda a situação mais complicada para quem tem de conduzir por aquele bairro.

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