Sábado, 28 Dezembro, 2024
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Proposta de medidas para mitigar impacto 

Por Jornal Notícias
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O SECTOR empresarial vai submeter nos próximos dias ao Governo uma proposta de medidas de curto e médio prazos para mitigar os impactos das manifestações violentas na economia.

Para o efeito, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) reuniu-se em Maputo com as associações empresariais para reflectir sobre os tumultos e vandalizações que se registam no país, com realce para a cidade e província de Maputo, no âmbito dos protestos contra os resultados eleitorais.

As medidas a serem propostas são de carácter laboral, administrativo, fiscal, financeiro e outras que contribuam para aliviar o peso sobre as empresas na sequência da paralisação das actividades.

“Se a paralisação, vandalizações e tumultos prevalecerem será a nossa comunidade empresarial a incorrer em falência como consequência dos prejuízos acumulados”, salietaram os empresários.

Sobre a restrição do acesso à internet, o sector privado considera que para além do impacto negativo sobre as operações de comércio externo também comprometem transacções financeiras e bancárias, afectando os serviços que dependem de pagamentos e recurso à banca para a sua fluidez.

Aliás, o teletrabalho, que foi opção de contingência para muitas empresas contornarem o bloqueio das vias, também tem sido de difícil viabilização, o que prejudica a relação empresas-mercado.

A CTA irá realizar um diagnóstico da situação e continuará a recolher contribuições dos empresários para a elaboração de uma proposta de medidas concretas.

Refira-se que recentemente a CTA fez uma avaliação preliminar e concluiu que a paralisação das actividades teria provocado uma perda de mais de 1,4 mil milhões de meticais num só dia, com danos indirectos em mais de 90 por cento no sector informal.

Este nível de prejuízos em apenas um dia, segundo o sector privado, demonstra a fragilidade de um país marcado por altas taxas de desemprego, para além de que a paralisação pode acarretar dificuldades no pagamento de salários.

A ampla cobertura internacional dos tumultos está a resultar no cancelamento de viagens turísticas para a quadra festiva, comprometendo a expectativa de 360 mil visitantes e perda de receitas de 50 milhões de dólares.

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