Iniciada digitalização de unidades sanitárias

INICIOU oficialmente ontem o processo de digitalização das unidades sanitárias no país com vista ao estabelecimento de uma base de dados e elevação da qualidade dos serviços prestados ao cidadão.

No acto de lançamento da iniciativa, ocorrido ontem em Maputo, o Hospital Geral de Mavalane (HGM) foi a primeira unidade sanitária a beneficiar da inovação. Trata-se de um sistema de colecta e armazenamento de dados dos pacientes que vai pôr termo às limitações físicas dos arquivos em papel, como forma de assegurar uma gestão integrada, segura, redução do risco de perda de processos e duplicação de tratamentos comuns nos registos manuais.

O projecto representa investimentos que variam de 50 mil a 200 mil dólares norte-americanos, conforme o tamanho da unidade sanitária.

Armindo Tiago, ministro da Saúde, que lançou o projecto, justificou que a era actual não se compadece com requisições em papel para receita médica, diário clínico, laboratório, entre outras práticas que custam anualmente cerca de 500 milhões de meticais ao Serviço Nacional de Saúde.

Afirmou que um dos grandes benefícios da digitalização é a melhoria no atendimento, porque o registo médico electrónico permitirá acesso rápido e seguro às informações de saúde, reduzindo erros e optimizando o diagnóstico e tratamento. “A monitoria de medicamentos e insumos hospitalares em tempo real reduz perdas, melhora a resposta logística e garantia da disponibilidade em tempo útil”, disse.

Frisou ainda que, ao apostar neste projecto, o sector demonstra o compromisso com a modernização dos serviços e reafirma a visão do futuro onde a saúde é de qualidade e as decisões são baseadas em evidências. “Esta transformação digital representa mais do que evolução técnica; é um compromisso que o sector tem de oferecer cuidados de saúde modernos, ágeis e fundamentados em dados.

Realçou que, ao adoptar esta abordagem, constrói-se um sistema de saúde mais inclusivo, resiliente, capaz de enfrentar os desafios da actualidade e de antecipar as necessidades futuras da população.

O HGM, para além de acolher o projecto-piloto, beneficiou de avanços tecnológicos alinhados com a digitalização, como a instalação do raio X digital e aparelho de TAC.