Quinta-feira, 12 Dezembro, 2024
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DIVISAS ENTRE BANCOS COMERCIAIS: Operações cambiais em queda drástica

Por Jornal Notícias
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O FIM da contribuição do Banco de Moçambique (BdM) no fornecimento de divisas aos bancos comerciais, para o pagamento de facturas de combustíveis, propiciou a redução do volume de operações cambiais entre as instituições financeiras, o que dificulta o acesso à moeda estrangeira.

Com efeito, no ano transacto o volume de operações registou uma queda de 74 por cento, passando de 518 milhões de dólares norte-americanos registados em 2022 para 135 milhões.

Esta informação consta num recente relatório do Banco Central referente ao último exercício económico.

Em Março do ano transacto, o BdM iniciou a retirada gradual da sua comparticipação no pagamento de facturas de importação de combustíveis, reduzindo-se, numa primeira fase, de cem para sessenta por cento. Posteriormente, em Junho do mesmo ano concretizou a sua retirada definitiva, daí que os bancos comerciais e as gasolineiras passaram a suportar a totalidade do pagamento das facturas de importação de combustíveis.

De acordo com o relatório do BdM, a última contribuição na venda de moeda estrangeira verificou-se em Maio de 2023, tendo se situado ao todo, naquele ano, em 481,43 milhões de dólares norte-americanos.

Sucede que depois do fim desta comparticipação, os empresários passaram a queixar-se de dificuldades para aceder às divisas, o que estaria a comprometer o pagamento de facturas. Esta dificuldade, para a Confederação das Associações Económicas, agudiza-se, também, pela elevada Taxa de reservas obrigatórias actualmente fixada em 39 por cento.

Os empresários consideram que a decisão do Banco de Moçambique pode ter influenciado na mudança de comportamento do mercado, o que obriga os bancos comerciais a demandarem mais moeda estrangeira para suportar as importações de combustíveis.

E foi neste contexto que as operações cambiais entre as instituições financeiras também sofreram uma considerável queda, originando cenários de falta de resposta satisfatória para os clientes no que à busca por moeda estrangeira diz respeito. 

A agravar, o sector privado aponta que esse rápido crescimento da procura de divisas por parte dos bancos comerciais não foi acompanhado pelo aumento de exportações.

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