Quinta-feira, 12 Dezembro, 2024
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Nível das manifestações tende a ser preocupante

Por Jornal Notícias
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AS manifestações que decorrem há vários dias em protesto contra os resultados das eleições de 9 de Outubro tendem a atingir níveis alarmantes, com violência contra pessoas e património, saques e bloqueio de vias, incluindo troços da N1, a principal estrada que liga Moçambique do Sul ao Norte.

Ontem, por exemplo, a cidade e província de Maputo acordaram com grande parte das suas estradas interrompida, cenário que praticamente imobilizou o trânsito, impedindo as pessoas de chegarem aos destinos.

Quer no município de Maputo quer no da Matola, nas primeiras horas da manhã, muita gente abandonou o transporte e caminhou ao destino inicialmente traçado ou de regresso à origem debaixo de calor intenso.

Este cenário aconteceu na N4, concretamente na cidade da Matola, e na Estrada Circular de Maputo, sendo que, neste último caso, o tráfego veio a fluir com a intervenção das FDS que ajudaram a remover os obstáculos que incluíam montes de lixo na faixa de rodagem.

Com a N4 literalmente encerrada, a fronteira de Ressano Garcia e o Porto de Maputo não tinham como funcionar com normalidade, adivinhando-se, por conseguinte, enormes prejuízos para a economia.

Aliás, em Maputo e Matola, o comércio e as instituições públicas e privadas funcionaram a meio gás, o mesmo acontecendo com as escolas que ontem deviam ter acolhido a segunda chamada dos exames da 10.ª  e 12.ª  classes.

Na N1, vários pontos estiveram bloqueados no fim-de-semana, com destaque para o posto administrativo de Bobole, distrito de Marracuene, onde quase nenhuma viatura passava, interrupção que prevaleceu por cerca de 24 horas.  

Enquanto isso, em Gaza, o Gabinete das Relações Públicas no Comando Provincial da PRM, Carlos Macuácua, disse que o dia de ontem foi calmo, apesar do registo de alguns focos de perturbação da ordem, por meio de colocação de barricadas na N1, em Chidenguele, distrito de Mandlakazi, e vandalização da portagem de acesso à Praia de Bilene.

Referiu que até domingo foram registados casos de invasão e vandalização de infra-estruturas públicas e privadas em Chibuto e Chókwè.

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