Moçambique quer elevar competitividade do café

está em elaboração uma estratégia com vista a melhorar o sector do café, através da promoção da competitividade e estatísticas mais realistas para a planificação e produção desta cultura em Moçambique.

Trata-se de um instrumento que vai operacionalizar o plano de investimento no subsector do café e responder à solicitação dos produtores para uma maior clareza na cadeia de valor nesta área.

A informação foi avançada pelo chefe do Departamento de Tecnologias Rurais na Direcção Nacional do Desenvolvimento Económico Local, Tiago Luís, que também referiu que a dinamização da cultura conta com o apoio de organismos estrangeiros.

Tiago Luís falava recentemente num evento organizado pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), no âmbito da celebração do Dia Internacional do Café, uma oportunidade para reflectir em torno do potencial desta cultura na geração de divisas.

O café está entre as matérias-primas mais negociadas no mundo, numa matriz que inclui também petróleo, gás natural, ouro e açúcar. Actualmente em Moçambique a produção da cultura ocorre sobretudo nas províncias de Manica, Sofala e Cabo Delgado.

Neste contexto, Moçambique aderiu, há cerca de um ano, à Organização Internacional do Café (OIC), plataforma que oferece oportunidades para se aceder à assistência técnica e competir em mercados globais mais exigentes.

A adesão a este organismo permite que os produtores nacionais beneficiem de novas oportunidades de mercados para o crescimento do seu negócio.

Refira-se que a elaboração da estratégia é apoiada pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), através do Projecto de Melhoria do Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável das Cadeias de Agro-Valor.

Esta acção insere-se no âmbito da aposta do Governo na dinamização da produção do café, cumprindo o papel de desenvolvimento de políticas, estratégias e resposta às solicitações dos intervenientes sobre a necessidade de estruturar a cadeia de valor da cultura.

A expectativa é que Moçambique crie uma indústria cafeeira capaz de gerar benefícios económicos, melhorar a vida dos intervenientes e posicionar o país como actor relevante no mercado daquela cultura.

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