Quinta-feira, 19 Dezembro, 2024
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SEGURANÇA DE CAMIÕES: Governo promete escolta entre Maputo e Ressano

Por Jornal Notícias
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O GOVERNO de Moçambique assegurou às autoridades sul-africanas a introdução, dentro de dias, de uma escolta policial para garantir a circulação segura de camiões e transporte de passageiros entre Ressano Garcia e Maputo, medida que vai prevalecer até que a estabilidade regresse ao país.

A garantia foi dada ontem, em Malelane, na África do Sul, durante um encontro entre delegações dos dois países, no qual foram abordadas várias matérias ligadas à segurança rodoviária e comércio.

Na ocasião, o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, explicou que a escolta é uma medida transitória e visa prevenir ataques e bloqueio a camiões, no trajecto de e para o Porto de Maputo, pelos manifestantes que supostamente protestam contra resultados eleitorais.

“Assim que a situação estabilizar, acredito dentro em breve, iremos retomar a vida normal. Moçambique é um país onde as pessoas circulam livremente e isso deve ser sempre garantido”, disse.

Magala estimou em 55 milhões de dólares norte-americanos os prejuízos da paralisação da circulação dos camiões entre 24 de Outubro e 11 de Novembro, situação que preocupa os dois países.

Indicou que ambos os países priorizam a manutenção da segurança no corredor não só durante a presente quadra festiva, mas de forma permanente como vinha acontecendo antes das manifestações pós-eleitorais.

Para Pascoal Ronda, ministro do Interior, a reunião serviu para a troca de impressões sobre medidas a adoptar conjuntamente de modo a evitar a perturbação no funcionamento dos postos fronteiriços de Ressano Garcia e Lebombo.

A propósito, as partes concordaram em melhorar os canais de comunicação a nível diplomático para mitigar perturbações no comércio e na cadeia de abastecimento de bens e circulação de pessoas.

Por seu turno, o ministro do Interior da África do Sul, Ronald Lamola, afirmou que é desejo dos dois países manter os canais de diálogo e colaboração sempre abertos para dinamizar o desenvolvimento.

Acrescentou que o comércio deve ser mantido, pois a população dos dois países depende muito desta actividade para sobreviver.

Entretanto, a fronteira registou, ontem, um movimento normal de pessoas e viaturas, incluindo camiões de grande tonelagem, que atravessavam de um país para o outro, perante uma forte presença de militares e polícias.

Foto: J. Muianga

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