Quinta-feira, 19 Dezembro, 2024
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CRISE PÓS-ELEITORAL: Milhares empurrados ao desemprego no país

Por Jornal Notícias
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A CRISE pós-eleitoral em que o país está mergulhado está a afectar negativamente a economia nacional, o mercado de trabalho, investimentos e o tecido social da maioria dos moçambicanos, com milhares de trabalhadores a ficarem sem emprego.

 O alerta é da Organização dos Trabalhadores de Moçambique – Central Sindical (OTM-CS), na sua mensagem do Fim do Ano.

Em comunicado enviado ontem ao “Notícias”, a OTM recorda que em vários momentos chamou atenção para o perigo que o elevado custo de vida representava para a maioria da população e que um dia poderia desembocar numa convulsão social de difícil controlo.

Relata que devido à crise política alguns locais de trabalho estão a produzir abaixo das suas capacidades instaladas e outros acabaram fechando as portas, prejudicando,  consequentemente, milhares de trabalhadores e suas famílias.

De acordo com o representante da massa laboral, a falta de condições para a livre circulação de pessoas e bens tem sido a principal razão pela qual os trabalhadores não conseguem se fazer presentes aos postos com a necessária assiduidade e pontualidade.

“Os prejuízos económicos e financeiros no país são enormes, e os trabalhadores, na sua maioria, estão com os salários atrasados, sem perspectivas e nem certezas dos mesmos serem pagos até ao fim do mês de Dezembro”, acrescentou.

O documento refere que o ano 2024 foi marcado por vários eventos humanos e naturais que de forma atípica impactaram a vida da massa laboral, incluindo a continuação das incursões terroristas em Cabo Delgado e o processo eleitoral de 9 de Outubro, com ambos a criarem um clima de insegurança no país.

Manifestou preocupação e condenou o exacerbar dos ânimos onde, na sua opinião, o Estado tem vindo a usar métodos coercivos excessivos para conter os protestos, e os manifestantes, por sua vez, a enveredar pela destruição de bens públicos e privados e violentando aos não aderentes.

“Esta situação lamentável, digna de repulsa e condenação, não pode continuar, porque mina a unidade nacional, o respeito pela pessoa humana e pelas instituições do Estado”, lê-se na mensagem.

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