Quinta-feira, 19 Dezembro, 2024
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Prejuízos nos transportes em torno de 450 milhões

Por Jornal Notícias
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A FEDERAÇÃO Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) estima em cerca de 450 milhões de meticais os prejuízos acumulados desde o início das manifestações pós-eleitorais que se verificam no país.

“Os prejuízos que nós somamos durante as manifestações na área de transportes de passageiros está acima de 450 milhões de meticais, somente em perdas de receitas, sem incluir a vandalização dos meios”, disse Jorge Manhiça, porta-voz da FEMATRO.

Segundo o representante da agremiação, os prejuízos são referentes aos transportes urbanos e inter-provinciais das províncias de Maputo e Gaza.

“Se isto não parar nos próximos dias, poderá condenar à falência grande parte dos transportadores de passageiros da área urbana e inter-provinciais” que podem ficar sem nenhum carro para pôr na estrada”, explicou o porta-voz.

Além disso, referiu que pelo menos 17 viaturas foram vandalizadas e que, durante as paralisações, os prejuízos diários são, em média, cerca de 55 milhões de meticais.

Dezasseis pessoas, entre as quais quatro membros da polícia, morreram nos últimos sete dias nos confrontos entre as autoridades e manifestantes, que protestam contra os resultados eleitorais, avançou a fonte oficial à Lusa.

Para garantir o abastecimento de bens e serviços para a satisfação das necessidades básicas da população, o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, disse, há dias, num encontro trimestral do sector privado que o Governo tomou medidas de mitigação para a quadra festiva, com destaque para alguns produtos da cesta básica como arroz, óleo, farinha de milho e açúcar, de modo a evitar a subida de preços.

Entretanto, o governante reconhece que estas acções só se tornarão efectivas e com impacto com o apoio do sector privado.

Admitiu que existem desafios novos e emergentes que o país deve enfrentar urgentemente para alcançar o desenvolvimento sustentável, designadamente, os efeitos adversos da volatilidade dos preços de alimentos, crise de água provocada por secas persistentes e os impactos das alterações climáticas.

Por seu turno, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, referiu que as manifestações obrigam a paralisações da actividade, mudando as perspectivas de aceleração económica.

“Com o prolongar destas manifestações, as perdas poderão avolumar-se colocando em risco o alcance da meta de crescimento de 5,5 por cento, previsto para o presente ano”, finalizou.

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