Segunda-feira, 23 Dezembro, 2024
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Oceanografia desafiada a elevar produção pesqueira

Por Jornal Notícias
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O INSTITUTO de Oceanografia de Moçambique (InOM) é desafiado a elevar a capacidade de pesquisa e produção pesqueira, observando a sustentabilidade dos mananciais selvagens, pesca industrial e factores tecnológicos que alavanquem a aquacultura.

Esta asserção foi apresentada sexta-feira, em Maputo, pela ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Lídia Cardoso, no lançamento do Plano Estratégico Nacional do InOM – 2024-2033 e cartas náuticas de Moçambique.

Segundo Cardoso, a estratégia estabelece o aumento da investigação científica; extensão e inovação; governação e cooperação científica; desenvolvimento do capital humano e finanças e desenvolvimento de infra-estruturas e meios de pesquisa.

Na sua alocução, a ministra realçou a importância dos oceanos, rios, mares e recursos marinhos no desenvolvimento sustentável, erradicação da pobreza, segurança alimentar, garantia do bem-estar, moderação do clima e mitigação das mudanças climáticas.

“Importa realçar que a transformação dos recursos do mar em riqueza requer conhecimento e tecnologias adequadas, por isso, existem as academias e instituições de pesquisa onde se pode obter tal conhecimento e tecnologias”, destacou.

Referiu que o Governo criou institutos de pesquisa responsáveis pela coordenação e realização de estudos oceanográficos inerentes ao uso e exploração sustentável do mar e seus recursos para o bem das pessoas e desenvolvimento da economia.

Lamentou que muita produção de pescadores artesanais esteja a perder valor comercial devido à falta de mercados qualificados e uso de métodos arcaicos, como secagem a céu aberto.

A ministra classificou a maricultura como baixa para o potencial que o país possui, sendo que o principal constrangimento é a falta de técnicos qualificados e tecnologia de cultivo e de produção de rações.

Por sua vez, a investigadora oceanográfica Cândida Sete disse, na sua apresentação, que o plano vai incrementar a colecta de receitas da produção marinha, águas interiores e de prestação de serviços marítimos, fluviais e lacustres.

Detalhou que se pretende criar capacidade técnica para a elevação da produção e produtividade de bens e melhoria da prestação de serviços marinhos e águas interiores nos próximos 10 anos.

A produção pesqueira em Moçambique atingiu 496,3 mil toneladas, em 2023, mais nove por cento do que o alcançado em 2022, quando foram registadas 455,5 mil toneladas.

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