DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 1 mês Criado por Jornal Notícias Há 1 mês 326 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 326 Hoje é o último dia de 2024, ano em que Moçambique superou várias adversidades, mas também se viu confrontado com importantes desafios, alguns dos quais permanecem, cuja solução demanda o envolvimento e a entrega de todos. Na verdade, o ano iniciou com boas perspectivas, sobretudo no domínio económico, com o Governo e principais organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial a destacarem, para tal optimismo, o esperado impulso da exportação do gás natural, particularmente na Bacia do Rovuma. Internamente, o arranque promissor da economia foi suportado por uma política monetária restritiva do Banco de Moçambique, que teve como resultado a contenção da subida da inflação e estabilidade dos preços, não obstante do lado da política fiscal haver ainda uma preocupação, sobretudo, com o elevado nível de endividamento público. Infelizmente, a onda de raptos, que têm como alvo principal a classe empresarial, marcou pela negativa o ano que hoje termina. Como resultado desta prática criminosa, há relatos de homens de negócios que deixaram o país por conta da insegurança, levando algumas empresas a fechar as portas. A solução deste problema passa pela colaboração efectiva entre o Governo e sector privado. Ainda que em dimensões inferiores face aos anos anteriores, as acções terroristas no norte do país também condicionam, de certa forma, o arranque de alguns dos grandes projectos com potencial de impulsionar a economia. Entretanto, devido à sua localização geográfica e às variações climáticas bruscas, o país voltou, em 2024, a ser assolado por desastres naturais, cuja “face mais visível” foi o ciclone tropical Chido, que, para além de provocar mais de 120 mortes e 687.630 pessoas afectadas, teve impactos significativos na área agrícola ao destruir 116,5 hectares, o que compromete a subsistência de várias famílias. Porque o desafio de reconstrução será prolongado, torna-se necessária uma conjugação de esforços e solidariedade de todos para ajudar a mitigar os efeitos desta calamidade. No dia 9 de Outubro, Moçambique realizou as sétimas eleições presidenciais e legislativas e as quartas das assembleias provinciais e de governador de província. Infelizmente, contrariando a expectativa dos moçambicanos de verem um desfecho pacífico do escrutínio e, consequentemente, o país prosseguir a sua rota rumo ao desenvolvimento, tem-se assistido a manifestações pós-eleitorais violentas que já resultaram em mortes, feridos e destruição. Os protestos, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e validados pelo Conselho Constitucional (CC), confirmando Daniel Chapo, apoiado pelo partido Frelimo, como Presidente-eleito de Moçambique, têm ainda um saldo de saques a estabelecimentos comerciais de importantes infra-estruturas, fragilizando ainda mais a economia nacional. Ao invés de se cultivar a violência e o ódio, que aumentam a pobreza, torna-se um imperativo a busca da paz, sendo este o desafio que é a todos lançado, incluindo os protagonistas da desordem. Este é também o apelo de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas e União Africana. Por estas e demais razões, pode-se dizer que 2024 foi de conquistas e desafios. Leia mais… Você pode gostar também FACIM-2024: Mil milhões de dólares investidos em Cabo Delgado Ciclone Dikeledi deixa distritos sem electricidade Pesca ilegal ameaça extinguir camarão APESAR DA ACÇÃO NO TRIBUNAL: Exportação de feijão bóer continua a fluir EDITORIAL Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Governo garante abastecimento de alimentos Próxima artigo Manuessa Ribeiro eleito presidente da Associação de Futebol de Inhambane Artigos que também podes gostar UE garante assistência técnica à reforma eleitoral Há 17 horas PR nomeia ministro e secretários de Estado Há 18 horas PARA SUPRIR DÉFICE DE PROFESSORES: Governo continuará a pagar horas extras Há 22 horas CHEFE DO ESTADO AOS CONSELHEIROS: Acelerem o ritmo na solução dos problemas... Há 23 horas Chapo empossa juízes do Tribunal Administrativo Há 2 dias N4 vai à reabilitação em Fevereiro Há 2 dias