Primeiro Plano LITERATURA EM 2024: Ano de galardões e homenagens Por Jornal Notícias Há 1 dia Criado por Jornal Notícias Há 1 dia 214 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 214 DOIS mil e vinte quatro foi marcado por várias conquistas na literatura moçambicana, com diversos autores, dos emergentes aos mais influentes, a receberam prémios e a serem honrados com homenagens no país e a nível internacional. Entre os grandes nomes das letras, Mia Couto, que lançou o romance “A Cegueira do Rio”, brilhou com um conjunto de distinções que evidenciam a sua enorme contribuição para a literatura mundial. Venceu, em Setembro, o Prémio FIL (Feira Internacional do Livro de Guadalajara) de Literatura em Línguas Românicas 2024, no México. Foi escolhido entre 49 autores de 20 países que escrevem em seis línguas, nomeadamente catalão, castelhano, francês, italiano, português e romeno. Com a distinção, teve direito a 150 mil dólares (mais de 9,5 milhões de meticais). Mia Couto também ganhou, em Julho, o Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca da Associação Portuguesa de Escritores (APE), com o livro “Compêndio para Desenterrar Nuvens” (2023). Esteve igualmente entre os 70 nomeados ao Prémio Literário de Dublin, na Irlanda, galardão internacional que anualmente distingue uma novela escrita em inglês ou traduzida para aquele idioma. No certame, que visa promover a excelência na literatura mundial e patrocinado pela cidade de Dublin, participou com a tradução de David Brookshaw de “O Bebedor de Horizontes”, terceiro livro da trilogia “As Areias do Imperador”, indicado pela Biblioteca Nacional de Moçambique. No entanto, quem também se fez sentir foi Ungulani Ba Ka Khossa. O autor recebeu, em Outubro, o Prémio Literário Guerra Junqueiro em Lisboa, Portugal, que reconhece escritores dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e promove o idioma como um instrumento de cidadania e união. Outro destaque vai para a editora Ethale Publishing, distinguida, em Dezembro, na segunda edição do Prémio das Indústrias Culturais e Criativas (PREIC), na categoria de literatura, avaliado em 120 mil meticais. Além disso, Álvaro Taruma foi finalista do Prémio Oceanos 2024, na categoria de poesia, com “Criação de Fogo”, obra lançada em Abril. O “Oceanos” é uma das mais importantes premiações da língua portuguesa e reúne autores de vários países lusófonos. O poeta Jeconias Mocumbi venceu em Março o Prémio Internacional de Poesia Lusófona Floriano Martins, no Chile, com “Os Dedos da Agonia”. Destacou-se a densidade emocional da obra, que aborda temas históricos e sociais, incluindo a luta de libertação nacional e o combate ao terrorismo em Cabo Delgado. E quando parecia que o ano acabou, Daúde Amade foi o galardoado da oitava edição do Prémio Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa, com o romance inédito “Rogilda, ou Breviário de Agonia”. Além de uma componente pecuniária, no valor de cinco mil euros (mais de 300 mil meticais), o galardão contempla a publicação da obra vencedora. TRIBUTOS PARECIAM “INFINITOS” Vários outros escritores foram prestigiados. Um dos exemplos foi a “missa”, em Agosto, a Eduardo White, um dos maiores nomes da poesia moçambicana contemporânea, lembrado por ocasião dos seus 10 anos de morte. Em sua honra, o escritor Luís Cezerilo publicou “O Resgate da Memória: um olhar crítico sobre Eduardo White”, uma obra que procura preservar a memória de White e analisar o impacto da sua escrita. Enquanto isso, na Universidade de Varsóvia, na Polónia, inaugurou-se, em Outubro, a Cátedra de Estudos Paulina Chiziane, instituída pela Faculdade de Línguas Modernas da instituição, visando promover estudos sobre a língua portuguesa, a literatura e a cultura moçambicana. Além disso, Paulina também recebeu, em Abril, o Prémio Liderança e Responsabilidade Social pela plataforma “Forbes África Lusófona”, que destacou o seu papel na promoção dos direitos das mulheres africanas. Tornou-se a segunda moçambicana reconhecida por aquela publicação, depois da activista Graça Machel. Enquanto isso, a plataforma digital “Bantumen” destacou, em Dezembro, 11 moçambicanos na sua lista das “100 Personalidades Negras Mais Influentes da Lusofonia de 2024”. Entre os reconhecidos estão Mélio Tinga, Eduardo Quive e Énia Lipanga. A iniciativa busca reconhecer as conquistas destas personalidades e promover a diversidade cultural, sobretudo dentro do contexto da Década Internacional dos Afro-descendentes, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU). 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