Quinta-feira, 30 Janeiro, 2025
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Taxa MIMO desce para 12,25 por cento

Por Jornal Notícias
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A TAXA de juro de Política Monetária, designada Taxa MIMO, voltou a registar uma ligeira redução de 12,75 para 12,25 por cento, em resultado da manutenção das perspectivas da inflação em um dígito no médio prazo.

Esta queda foi ontem anunciada pelo Governador do Banco de Moçambique (BdM), Rogério Zandamela, depois de um encontro do Comité de Política Monetária (CPMO), um órgão do Banco Central com poderes para decidir sobre as taxas de juro a serem praticadas pelos bancos.

“Esta decisão decorre da manutenção das perspectivas da inflação em um dígito, no médio prazo, não obstante o aumento dos riscos e incertezas associados às projecções, com destaque para os decorrentes da tensão pós-eleitoral, o risco fiscal e os choques climáticos”, avançou Rogério Zandamela.

O governador do BdM, que também preside o CPMO, sustentou que embora a inflação anual tenha aumentado de 2,84 em Novembro, para 4,15 por cento, a reflectir a redução da oferta de bens e serviços decorrente da tensão pós-eleitorais, as condições continuaram favoráveis para legitimar esta mexida. Acrescentou que a inflação subjacente, que exclui as frutas, vegetais e bens com preços administrados, também aumentou.

De acordo com Zandamela, a manutenção das perspectivas da inflação em um dígito no médio prazo reflecte, essencialmente, a estabilidade do metical e o impacto das medidas tomadas pelo CPMO.

Entretanto, alertou que os riscos e incertezas associados às projecções da inflação aumentaram.

“Destacam-se, como factores de aumento da inflação, no médio prazo, os impactos da tensão pós-eleitoral, dos choques climáticos e  agravamento da pressão sobre a despesa pública, num contexto de reduzida capacidade de financiamento”, argumentou.

A última queda da taxa MIMO foi verificada em Novembro do ano transacto, altura em que a descida foi de 13,50 para 12,75 por cento.

O regulador da banca sublinha que as reduções que se tem verificado enquadram-se no plano do BdM de reduzir a taxa MIMO para um dígito. 

Foi neste sentido que Rogério Zandamela garantiu que o CPMO continuará com a normalização deste indicador.

Entretanto, sublinhou que o ritmo e a magnitude continuarão a depender das perspectivas da inflação, bem como da avaliação dos riscos e incertezas subjacentes às projecções do médio prazo.

Foto: F. Matsinhe

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