Segunda-feira, 10 Março, 2025
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Banco Central diz não haver sinal de escassez de divisas

Por Jornal Notícias
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TRABALHOS preliminares mostram que os bancos comerciais não estão a enfrentar dificuldades para disponibilizar moeda estrangeira ao mercado, o que contraria as queixas do sector privado.

Estes dados são avançados pelo Banco de Moçambique (BdM) em reacção às constantes inquietações dos empresários sobre a falta de divisas, situação que estaria a comprometer o pagamento de facturas.

“De todos os casos que chegaram à nossa atenção, fomos à banca buscar explicações e a resposta da banca foi: não entendemos esse problema. Estamos a pagar, um e outro registam atraso de um dia. Não conhecemos um caso, do trabalho feito até hoje, que indica que os bancos não estejam a pagar. Agora, a pergunta é porquê desse ruído?”, questionou o governador do BdM, Rogério Zandamela, em conferência de imprensa.

Embora não se tenham constatado quaisquer indícios de escassez de moeda estrangeira, Zandamela garante que o trabalho com a banca continua.

Entretanto, explicou que a investigação sobre a realidade do mercado está a ser feita também com entidades ligadas ao turismo e aviação, que apresentaram situações específicas de dificuldades para aceder a divisas.

“Queremos perceber onde está o problema. O que é que você pediu, que não foi satisfeito e o que falta? São esses números que precisamos e sem eles fica um discurso vazio”, apontou.

Desde o início das queixas sobre a escassez de moeda estrangeira, o BdM sempre defendeu que não se tratava de uma situação generalizada, mas específica.

Por seu turno, os empresários notam que há dois anos que enfrentam constrangimentos para pagar facturas ou importações por falta de moeda estrangeira, sendo que as necessidades não satisfeitas atingem 400 milhões de dólares norte-americanos, até meados de 2024.

O sector privado entende que a situação agravou-se desde que o BdM deixou de suportar a factura de combustíveis, o que impulsionou a procura por moeda estrangeira para satisfazer outras importações essenciais, como alimentos e medicamentos.

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