Nacional População invade mina de turmalina em Manica Por Jornal Notícias Há 2 meses Criado por Jornal Notícias Há 2 meses 740 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 740 BERNARDO JEQUETE A POPULAÇÃO de Nhampassa, no distrito de Báruè, em Manica, invadiu e explora uma mina de turmalina, alegando incumprimento das promessas de responsabilidade social pela empresa concessionária, a Sominha, Lda. A invasão acontece há três meses, com a população a acusar o empresário Nadat que, desde 2007, vinha explorando turmalina de não honrar os acordos com a população aquando da concessão da mina. Quando a mina foi concessionada, a empresa comprometeu-se em construir anualmente dez casas para a população, mais uma escola secundária, hospital, reabilitar a estrada principal, abrir furos de água e comprar uma ambulância. Entretanto, volvidos 18 anos, foram edificadas apenas seis habitações, ainda na fase de acabamentos levando ao descontentamento da população, que decidiu invadir a mina e explorar os recursos existentes. Na sequência, a administração distrital de Báruè emitiu um comunicado no qual ordenava ao abandono imediato da mina, mas a decisão não foi acatada pela população. Matias Meneses, um dos representantes da população, manifestou o descontentamento com o empresário, que na sua opinião seduziu a população e as autoridades locais ao fazer promessas que não chegou a cumprir. Explicou que a invasão visa reivindicar direitos não cumpridos por mais de 18 anos. Estamos aqui a explorar nossos próprios recursos porque o empresário não fez nada por nós”, afirmou. Meneses mostrou-se agastado com aquilo que considera de indiferença da empresa problemas sociais enfrentados pelos residentes de Nhampassa e que nada fez durante este período, para além de pilhar os recursos de que o posto administrativo dispõe. Bernardo Tempo, outro representante, sugeriu a criação de uma associação para gerir a mina e os recursos de forma autónoma. Tempo apelou ao governo para intervir e buscar uma solução pacífica. “Pedimos que o governo nos ajude a resolver este conflito, sem recurso à força policial”, disse. David Franque, administrador de Báruè, reconhece que a empresa não cumpriu as suas obrigações de responsabilidade social e afirma que “a população invadiu a mina no período das manifestações pós-eleitorais e, na altura, não havia condições para negociação. O empresário não está a implementar acções que beneficiem a comunidade”, declarou. O responsável manifestou preocupação em relação à exploração desordenada de recursos que, embora compreensível, devido ao descaso da empresa, levanta problemas de sustentabilidade e a segurança dos garimpeiros. Segundo Franque, o conflito instalado entre a população de Nhampassa e a Sominha ,Lda. revela falhas na implementação das acções de responsabilidade social e a não se resolver, pode agravar-se, gerando consequências adversas para ambos os lados. Para além de turmalina, a mina também contém quartzo, mineral crucial para a indústria óptica, electrónica e de instrumentação. Leia mais… Você pode gostar também CADEIA CENTRAL E BO: Comissão de inquérito investiga fuga de reclusos PROVÍNCIA DE INHAMBANE: Apreendidos 100 quilos de droga em Inhassoro Legado de Arão Litsure deve inspirar todos a deixarem obras Recenseamento militar arranca hoje no país INVASÃOMANICAMINATURMALINA Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Aumento da violência preocupa autoridades Próxima artigo POSTO ADMINISTRATIVO DE MALUANA: Sobe para doze número de mortes por acidente Artigos que também podes gostar Conselho Cristão apela à renovação da esperança Há 13 horas PR envia mensagem de Páscoa Há 14 horas Mineiros regressam para Páscoa Há 17 horas Ângela Leão pode sair em liberdade condicional Há 17 horas GCCC investiga reestruturação da LAM Há 18 horas REVIMO retoma cobrança de portagens Há 18 horas