Quarta-feira, 26 Fevereiro, 2025
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PARA O CENTRO DE SAÚDE DA MATOLA-GARE: Moradores forçam desvio de camiões com inertes

Por Jornal Notícias
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VÁRIOS camionistas foram forçados a desviar inertes para, alegadamente, minimizar o impacto das inundações no Centro de Saúde do bairro da Matola-Gare, na província de Maputo.

A acção foi protagonizada, semana passada, por um grupo de residentes locais que forçaram os condutores de camiões que transportavam pedra, areia e entulho, a descarregá-los no centro de saúde para, segundo alegam, elevar a cota e o acesso ao local pelo doentes.

Nos últimos anos, o Centro de Saúde da Matola-Gare vem sendo assolado por inundações, levando à interrupção da assistência médica.

Mário Nhantumbo, comerciante de 31 anos, relatou que os moradores obrigaram os camionistas que transitam pela Estrada Circular de Maputo a descarregar o material, alegadamente, porque praticavam preços especulativos.

“Todos os camiões que passaram, na semana passada, descarregaram material obrigatoriamente. É chato ter de pisar água suja, correr o risco de escorregar e entrar no hospital a cheirar mal”, contou.

Uma enfermeira que preferiu não se identificar disse terem sido descarregados, pelo menos, 15 camiões de areia, pedra, entulho, blocos e 10 sacos de cimento.

 “O acesso à unidade sanitária estava condicionado, a maternidade não funcionava e corríamos o risco de contrair doenças por mergulhar os pés na água contaminada”, afirmou a fonte que considera que devia haver mais coordenação entre os moradores e os serviços distritais da Saúde.

Utentes interpelados pelo “Notícias” pedem a conclusão das intervenções, tendo em conta que parte do recinto continua alagado.

“Pelos vistos voltaremos a entrar no hospital sem medo. Quem sabe, assim a maternidade voltará a funcionar ininterruptamente”, disse Marta Matimbe.

A directora dos Serviços Distritais de Saúde, Felizência Marcenco, afirmou ter tomado conhecimento do sucedido. “Iremos ao local averiguar a situação. A nível distrital, ainda não temos um plano para a intervenção no hospital”, garantiu.

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