Cinco parentes morrem asfixiados

CINCO pessoas da mesma família, com idades compreendidas entre 22 e sete anos, morreram no interior da sua residência, no bairro da Manga-Mascarenha, cidade da Beira, após inalarem monóxido de carbono proveniente do gerador de energia eléctrica que estava em funcionamento, enquanto dormiam.

 O casal e o filho mais novo, que sobreviveram, encontram-se internados no HCB sob cuidados médicos, fora de perigo.

Domingos Djambo, o pai de três das vítimas mortais, contou ainda no leito hospitalar, que por volta das 20.00 horas se registou um corte de energia e teria mandado aos filhos que ligassem o gerador.

“Depois do jantar fui dormir. Provavelmente com receio que o gerador fosse roubado à  calada da noite, os meus filhos e mais dois sobrinhos, meteram o equipamento dentro de casa”, contou.

À calada da noite, a mulher sentiu-se mal e foi nessa altura que descobriu que os filhos estavam inertes.

 “Eu também comecei a ter um mal-estar. Pedimos socorro aos vizinhos que nos ajudaram a tirar a crianças e levá-las ao hospital”, contou, reiterando que esta foi a primeira vez em que se usou o gerador dentro da casa, pois não se tinha noção do perigo que o facto representava.

O director-geral do Hospital Central da Beira (HCB), Nelson Mucopo, confirmou a entrada, nos serviços de urgência de dois adultos por sinal casal e uma criança com evidentes sinais de intoxicação por monóxido de carbono, mas que já estãofora de perigo.

“Infelizmente também registamos cinco óbitos por intoxicação. São membros da mesma família. Inalaram um gás tóxico e morreram por falta de oxigénio. Não se pode ter fogões a carvão, geradores ou lenha acesa em lugares fechados”, disse Mucopa.

Por sua vez, o governador da província de Sofala, Lourenço Bulha, que se fez presente ao HCB, para confortar a família, lamentou o incidente.

“Temos que ter mais cuidado no uso de determinados equipamentos. Um gerador não deve funcionar dentro de casa porque o fumo intoxica. Por causa disso, hoje perdemos cinco crianças. É triste e lamentável”, disse Bulha.

Leia mais…