Descargas atmosféricas fazem 17 mortes na Zambézia

PELO menos dezassete pessoas morreram vítimas de descargas atmosféricas e outras 46 contraíram ferimentos, desde Outubro do ano passado, na província da Zambézia.

Dados das autoridades locais apontam para a assistência, no mesmo período, de 120 famílias afectadas pelas chuvas intensas e inundações.

A informação foi partilhada, terça-feira, em Quelimane, pelo delegado provincial do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres Naturais (INGD), Hélder da Costa, na I Sessão Ordinária do Conselho de Representação do Estado.

Segundo a fonte, desde o início da época chuvosa, a província registou chuvas moderadas, localmente a fortes, atingindo 30 milímetros em 24 horas, principalmente nos distritos de Morrumbala, Alto Molócuè, Maganja da Costa, Chinde, Milange, Mocuba e Quelimane.

Como consequência, mais de 800 casas ficaram totalmente destruídas e outras 1300, incluindo nove unidades sanitárias e 46 escolas, sofreram parcialmente, condicionando as aulas para 22 mil alunos e 390 professores.

Indicou que 63.94 quilómetros de estradas se encontram danificadas, 44 postes de transporte de energia eléctrica tombaram e 36 hectares de campos agrícolas inundados.

Da Costa referiu que o INGD pré-posicionou bens essenciais, como óleo, sabão, arroz, farinha, tendas entre outros itens nosdistritos vulneráveis às intempéries, nomeadamente, Luabo, Maganja da Costa, Mopeia, Morrumbala, Namacurra, Chinde Inhassunge e Nicoadala.

Segundo o delegado, 120 famílias receberam assistência multiforme nos distritos de Gurué, Luabo e Molumbo, em bens alimentares e não alimentares, incluindo tendas, baldes e purificadores de água.

O  responsável acrescentou que nove embarcações foram pré-posicionadas e serão alocadas a Chinde, Namacurra, Nicoadala, Maganja da Costa e Mopeia, com um barco para cada distrito e duas para o distrito de Quelimane. A fonte garantiu que para além dos meios do INGD contará com embarcações de parceiros.

O secretário do Estado na Zambézia, Avelino  Muchine, instou o INGD a melhorar a comunicação, fortalecer as parcerias com os órgãos de comunicação social para a reduzir os impactos dos desastres.

O governante disse que o actual cenário desafia o governo a mobilizar recursos e impõe a necessidade de procurar parcerias nacionais e internacionais para a rápida reposição das infra-estruturas destruídas.

Foto: Arquivo

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