Terça-feira, 4 Março, 2025
Início » ÁFRICA DO SUL: Meio milhão de pessoas em risco de morte por SIDA

ÁFRICA DO SUL: Meio milhão de pessoas em risco de morte por SIDA

Por Jornal Notícias
180 Visualizações

MAIS de 500 mil sul-africanos poderão morrer de SIDA se o financiamento dos Estados Unidos da América for cortado durante dez anos, alertou uma investigadora, enquanto o Presidente sul-africano diz querer chegar a acordo com os Estados Unidos.

“O número de vidas perdidas na África do Sul será superior a 500 mil. Haverá mortes desnecessárias devido à perda deste financiamento norte-americano. Prevejo um enorme desastre”, afirmou a investigadora Linda-Gail Bekker, directora da Fundação Desmond Tutu, durante uma videoconferência organizada com outras Organizações Não-Governamentais (ONG).

Esta reunião seguiu-se ao anúncio, semana finda, de que a agência de desenvolvimento dos EUA (USAID) estava a cortar 92 por cento do seu financiamento para programas no estrangeiro. Várias ONG locais que recebiam financiamento do principal programa americano de luta contra a SIDA, o Pepfar, através da USAID, recebeu e-mails a anunciar o fim do seu financiamento.

“Estamos muito preocupados. A administração Trump declarou guerra à saúde em África. Estamos a caminhar para o desastre”, disse a directora executiva da ONG Apha, Yvette Raphael, dedicada aos doentes com HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e SIDA na África do Sul.

Por sua vez, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou semana passada que pretende chegar a um acordo com o seu homólogo norte-americano para resolver a tensão entre os dois países. Numa conferência organizada pelo banco norte-americano Goldman Sachs, em Joanesburgo, Ramaphosa disse querer que “o assunto se acalme” para encontrar uma forma de “responder ao que aconteceu”, noticiou a imprensa local.

No início de Fevereiro, Trump assinou uma ordem executiva para cessar a ajuda à África do Sul, citando alegadas expropriações de terras e violações maciças dos direitos humanos contra os afrikaners (sul-africanos brancos descendentes de colonos holandeses) no país, uma referência à controversa lei de expropriação que o governo sul-africano promulgou no final de Janeiro e que tornará mais fácil a expropriação de terras do interesse público. África do Sul conta com 7,5 milhões de pessoas que vivem com o vírus causador da Sida.

Leia mais…

Artigos que também podes gostar