Quinta-feira, 6 Março, 2025
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Enchentes nos hospitais devido a cólera e malária

Por Jornal Notícias
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ALGUNS hospitais do distrito de Nampula têm estado a registar, nos últimos dias, um elevado fluxo de pacientes que procuram cuidados médicos para tratar doenças de origem hídrica, como diarreias, cólera e malária. 

Outro motivo das enchentes está relacionado com a destruição do Centro de Saúde de Namicopo durante as manifestações violentas, o que obrigou a mais de 80 mil moradores a procurarem serviços de saúde nos hospitais mais próximos.

Soraia Atumane, mãe de um bebé doente, disse que sempre que se dirige ao Centro de Saude 1.º de Maio depara-se com enchentes e desconfia que a insuficiência de técnicos naquela unidade sanitária também seja uma das causas.

Residente em Namicopo, Soraia contou que, antes da destruição do centro de saúde do seu bairro, o fluxo de pacientes não era intenso e que não precisava de esperar por muito tempo para ser atendida.

Joaquim Vicente, que aguardava atendimento no Centro de Saúde 25 de Junho, afirmou que os técnicos dão o seu máximo para atender às longas filas.

Por seu turno, Naira Armando, outra paciente, considerou que a destruição de infra-estruturas hospitalares tem como consequências as enchentes que se registam nos hospitais, considerando também a ocorrência de doenças de origem hídrica, devido à chuva que cai.

Entretanto, os gestores dos hospitais em causa indicam que os atendimentos dispararam duas ou três vezes mais, comparativamente ao período normal.

A directora clínica do Centro de Saúde 25 de Junho, Emília Matola, contou que, em condições normais, são atendidos, diariamente, 300 a 400 pacientes, contra os actuais 800.

No entanto, mesmo com o fluxo elevado, os técnicos estão preparados para atender a todos, sem distinção de qualquer espécie.

Disse que há, nos armazéns, quase todos os itens necessários para atender aos pacientes. Enquanto isso, o diretor do Centro de Saúde 1.º de Maio, Danito Branco, afirmou que, devido ao aumento do número de pacientes idos de diversas localidades, foi reforçada a equipa médica. Apontou a necessidade de aumentar o número de técnicos de saúde, incluindo enfermeiros e médicos, de modo a melhorar cada vez mais o atendimento naquela unidade sanitária.

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