DestaqueEditorial EDITORIAL Por Jornal Notícias Há 1 mês Criado por Jornal Notícias Há 1 mês 496 Visualizações Compartilhar 1FacebookTwitterPinterestEmail 496 Pela primeira vez na sua história, Moçambique testemunhou, esta semana, a assinatura do primeiro acordo político multilateral, envolvendo, desta feita, o Governo e nove partidos, visando a implementação de um pacote de reformas tendo em vista o bem-estar dos moçambicanos. Ao contrário das ocasiões anteriores, em que os entendimentos foram sempre bilaterais – Governo e Renamo – nesta participam também os partidos Frelimo, PODEMOS, Renamo, MDM, ND, PARESO, PAHUMO, PARENA e Revolução Democrática (RD). A inclusão de novos actores, para além dos habituais dois, é sinal de maturidade democrática, assente no princípio de que todos temos uma palavra a dizer quando o assunto é o nosso bem-estar, independentemente das diferenças ideológicas que sabemos existirem. Mais do que simples facto histórico, é ponto de partida para resolver não só os problemas políticos suscitados pelas últimas eleições, mas também para sanar questões profundas de cariz económico e social rumo ao novo Moçambique que queremos. Pode-se dizer que o documento faz renascer a esperança dos moçambicanos de ver resolvidas, na mesa de negociações, muitas das suas diferenças, colocando sempre o interesse nacional acima de tudo. Trata-se de uma plataforma nova no país, cuja eficácia na resolução dos problemas gera expectativa, numa altura em que críticos entendem que a não participação de Venâncio Mondlane, um dos candidatos presidenciais derrotados, nos debates, pode minar o processo. Este ponto de vista assenta no argumento de que Mondlane é o principal mentor das manifestações que não raras vezes terminam em violência contra pessoas e património, sendo que a sua “exclusão” pode comprometer o alcance dos objectivos preconizados, tendo em conta a franja de seguidores que tem. Acontece que a metodologia escolhida pelo Presidente da República consiste em, nesta fase, privilegiar-se a participação de representantes de partidos, o que à partida põe de fora Venâncio Mondlane, que não tem, actualmente, qualquer vínculo formal político-partidário. Entretanto, seja como for, fazemos fé na perspectiva dos signatários do documento rubricado na quarta-feira, os quais prometem nas etapas subsequentes abrir o fórum de diálogo para actores políticos e sociais. Acreditamos, igualmente, ser este um ponto de partida para iniciar o debate do país, desde que todos os envolvidos se dispam das cores político-partidárias ou extractos sociais que representam para encarar os problemas e propor as atinentes reformas, sem olhar para o benefício pessoal. Não temos ilusão de que será processo fácil, até porque os problemas controvertidos são complexos, porque sensíveis. Referimo-nos, por exemplo, às reformas da própria Administração Pública, dos pacotes eleitorais e de governação descentralizada, que no fim do dia implicarão rever a Constituição da República. Mesmo não resolvendo, de imediato, o problema da instabilidade, o compromisso é uma plataforma que sinaliza a criação de bases para reformas para as instituições funcionarem. Significa que não é razoável que o país continue a viver a desordem que vive, porque passou a ter um fórum próprio para discussão, onde todos poderão apresentar as suas reclamações e depositarem seus sonhos. Acreditamos, juntos somos mais fortes. Leia mais… Você pode gostar também Costa do Marfim e Nigéria disputam título do CAN-2023 JULGAMENTO DAS “DÍVIDAS NÃO DECLARADAS”: Sentença conhecida na segunda-feira Chapo vence Presidenciais com 70 por cento Resgatadas 13 vítimas de raptos DESTAQUESEDITORIAL Compartilhar 1 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Moçambique assegura vaga no Afrobasket-2025 Próxima artigo Imposição de tarifa ameaça distribuição de água no país Artigos que também podes gostar PR aponta realizações dos primeiros 100 dias Há 2 horas PR orienta comício em Guma Há 3 horas Primeira-Ministra empossa quadros do Estado Há 3 horas Agricultura imuniza mais de dois milhões de bovinos Há 5 horas GÁS DO CORAL NORTE: Empresários exigem negócios para nacionais Há 5 horas “Notícias” contribuiu com 63 milhões em impostos Há 1 dia