Ligações clandestinas levam a três detenções

TRÊS indivíduos suspeitos de se fazerem passar por funcionários da Electricidade de Moçambique (EDM) para efectuarem cobranças ilícitas e ligações clandestinas em residências na cidade da Beira estão privados de liberdade na 1ª Esquadra da PRM, no Bairro de Chaimite.

O porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Sofala, Dércio Chacate, fez saber que estes indivíduos foram detidos em flagrante delito, quando realizavam mais uma incursão numa habitação na zona da Praia Nova.

Segundo a fonte, no acto de revista foram apreendidos diversos equipamentos, caso de multímetro, luvas, chave de fenda, cinturões, estribos, ligadores, separador, fitas isoladoras, remote, capacetes, entre outros materiais que eram usados nas suas actividades.

Por conta desta situação, revelou que os implicados deverão responder pelos crimes de furto, tendo em conta que os contadores usados para as ligações eram extraviados, como também pela infracção de exercício ilícito de função pública.

“O expediente criminal está lavrado e deverá seguir trâmites legais noutras instituições da administração da justiça para passos subsequentes. Apelamos a qualquer cidadão que queira solicitar qualquer serviço de entidades públicas que o faça nas instituições devidamente credenciadas para o efeito”, disse.

Reagindo à detenção, o director da Área de Serviço ao Cliente da EDM na Beira, Aníbal Barca, precisou que se está diante de uma situação de exercício ilegal de funções, em que há indivíduos que estão ligados à empresa que fazem novas ligações no âmbito da ProEnergia e outros sem nenhum vínculo com a empresa.

“Eles dedicavam-se a ligações clandestinas em vários bairros e mediante estas acções faziam cobranças ilícitas. A energia no âmbito da ProEnergia não é pagável. A EDM tem a missão de garantir que não haja cobranças, porque estas ligações já estão subsidiadas”, apontou.

O responsável avançou que a sua instituição estava no encalço deste grupo há seis meses, porque recebia reclamações de alguns clientes dando conta da ocorrência de situações anómalas envolvendo aparentemente funcionários da EDM.

“Quando fazem estas ligações, que naturalmente não constam do cadastro, estes clientes ficam sem energia e vêm reclamar à EDM”, vincou.

Realçou que estas fraudes se traduzem em perdas financeiras para a empresa e também têm causado a instabilidade na rede, o que faz com que haja cortes de energia intempestivas por causa da sobrecarga no sistema.

Como forma de mitigação, Barca disse que a EDM manteve encontros com as lideranças comunitárias, e foi criada uma plataforma de diálogo para a partilha de informações, “e acreditamos que todas essas medidas vão ajudar a abrandar este tipo de situações que lesam, sobremaneira, a empresa”.

Entretanto, os indiciados são confessos e confirmaram que foram surpreendidos quando pretendiam fazer mais uma ligação ilícita numa residência na zona da Praia Nova, na cidade da Beira. Alegam que agiram de forma criminosa por causa da fome.

Enquanto isso, ainda neste ponto do país, um indivíduo de 43 anos de idade está sob custódia da corporação na 6ª Esquadra da PRM, no Bairro de Macuti, indiciado de roubo de uma viatura pertencente a uma empresa de construção civil.

O porta-voz da Polícia em Sofala, Dércio Chacate, disse que o veículo foi recuperado, mas diligências prosseguem com vista à neutralização de outro implicado que se encontra em parte incerta, pelo que há pistas para a sua captura.

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