Segunda-feira, 10 Março, 2025
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A homenagem às mulheres … pelas mulheres das artes

Por Jornal Notícias
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NÁGEL MUNGOI

AS raízes da serenata remontam à Idade Média e ao Renascimento na Europa, especialmente na Itália e Espanha. Esse gesto tornou-se mundialmente popular como um sinal romântico impressionando diversas culturas.

O cortejo envolve geralmente música, dança e poesia e tem sido atrelado como responsabilidade do homem para uma mulher, atribuindo à figura masculina desde as suas primeiras manifestações à solenidade de prestar mensagens de amor usando esta via.

Nos últimos sete anos, a Banda Kakana e outras artistas moçambicanas têm desafiado esta asserção mundial através do espectáculo “Quem Disse Que As Mulheres Não podem Fazer Uma Serenata”, evento que se realiza na cidade de Maputo.

O certame reúne diversas formas de expressão artística para transmitir mensagens de empoderamento feminino, uma espécie de serenata feita às mulheres moçambicanas para destacar o seu contributo na sociedade.

A última edição decorreu sexta-feira no Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), cidade de Maputo e esteve inserida no contexto da celebração do Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de Março.

Quem iniciou a noite foi a cantora Ângela Comé, cantando “Anina Ku Pfumela”, de Helena Nhantumbo, tema clássico moçambicano sobre uma mulher que exige companheirismo do seu parceiro.

Seguiu-se a actuação de Orlanda da Conceição, Leyla e Aysha, interpretando “Four Women”, da norte-americana Nina Simone, com a voz adicional da “rapper” Iveth Mafundza, que adaptou a sua música “Afro” sobre a instrumental.

O vigor da mulher moçambicana e africana, em geral, foi igualmente celebrado com actuações de Anita Macuácua, Rosália Mboa, com os temas “Malaika” e “Pata Pata”, da sul-africana Miriam Makeba.

Enquanto seguiam as actuações, a tela grande do CCFM mostrava imagens de grandes figuras femininas moçambicanas de diferentes domínios, como Paulina Chiziane (escritora), Reinata Sadimba (escultora), Graça Machel (antiga primeira dama), e Alice Mabote (activista social).

As interpretações dos temas das cantoras eminentes de Moçambique e de outras partes do mundo, consistiram a primeira parte do espectáculo.

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