Quarta-feira, 12 Março, 2025
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NAMPULA: Tempestade tropical mata e deixa rasto de destruição

Por Jornal Notícias
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PELO menos seis pessoas morreram e outras contraíram ferimentos no município de Nacala-Porto e nos distritos de Meconta e Moma, em Nampula, devido à tempestade tropical severa Jude que afecta a região.

O fenómeno deitou abaixo escolas, centros de saúde, postes de transporte de electricidade e casas de material precário, em quase todos os distritos da província, deixando vulneráveis milhares de famílias.

A tempestade entrou na parte continental na madrugada de ontem pelo distrito de Mossuril, com ventos de 140 quilómetros por hora e rajadas até 195 quilómetros. 

Em Nacala, o presidente do município, Faruk Nuro, garantiu que logo que a chuva e o vento forte pararem, serão iniciadas intervenções nas zonas críticas e canalizados apoios aos afectados.

Das mortes, quatro aconteceram em Nacala-Porto, uma em Meconta e outra em Moma. O director de Planeamento e Infra-estrutura do distrito de Nacala-Porto, Malide Abudo, disse que a chuva agravou o deslizamento de terra, destruiu casas e cortou estradas, sobretudo na baixa da cidade.

Abudo ressalvou que os dados são preliminares, sendo que as autoridades estão a efectuar o levantamento dos danos. As famílias afectadas foram acolhidas numa das escolas da cidade.

Estima-se que cerca de 342 mil pessoas sejam afectadas pela tempestade, nos 23 distritos da província, numa altura em que o fenómeno continua a influenciar o estado do tempo, com chuvas intensas e ventos fortes acompanhados de trovoadas. 

Assim, o Conselho Técnico de Gestão de Calamidades (CTGD) activou as acções antecipadas para ciclones constantes no Plano de Contingência 2024-2025.

Entretanto, segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) Manuel Francisco, ao entrar no continente o ciclone enfraqueceu para o estágio de tempestade tropical severa, por ter perdido o contacto com as águas superficiais quentes.

Contudo, continua a causar ventos de até 120 km/h e chuvas acima de 200 milímetros em 24 horas, seguindo em direcção ao Niassa, onde fará a curva giratória rumo à Zambézia, devendo regressar ao mar amanhã.

O administrador de Gilé, Mariano Maquinze, aponta que as chuvas e ventos fortes já destruíram total ou parcialmente habitações no norte da Zambézia.

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