Quarta-feira, 12 Março, 2025
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País quer expandir alimentação escolar

Por Jornal Notícias
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Forjar parcerias para expandir o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PRONAE) de modo a alcançar crianças de todo o país, garantindo maior retenção do aluno na escola, constitui um dos compromissos do Governo.

Devido à frequência de eventos climáticos extremos, como ciclones e seca, aliados à pobreza, que concorrem para a fraca produção agrícola, muitas famílias deslocam-se das zonas de origem, fazendo com que as crianças troquem a escola por actividades de subsistência.

Falando recentemente, em Maputo, por ocasião da celebração do Dia Africano de Alimentação Escolar, efeméride instituída pela União Africana, o secretário permanente do Ministério da Educação e Cultura, Artur Dombo, disse que actualmente mais de 657 mil alunos, de um universo de 1,6 milhão inscrito neste ano lectivo, beneficiam de lanche quente na escola.

O programa é implementado em 1085 escolas primárias, correspondentes a oito por cento da rede nacional de educação.

Face a estes cenários, Dombo entende que a promoção de debates entre actores do sector da Educação e parceiros será fundamental para ultrapassar os desafios.

“Cada dia temos crianças com dificuldades para se alimentarem e algumas vezes elas só conseguem se alimentar na escola. Assim, queria que esta mesa-redonda trouxesse soluções para abrangermos mais alunos e escolas”, apontou, frisando ser importante a mobilização de sinergias para se maximizar o impacto das acções em implementação.

Neste contexto, convidou os parceiros e sector privado a consolidarem a união rumo à expansão do PRONAE.

Na ocasião, Arlinda Chaquisse, directora nacional de Nutrição e Saúde Escolar, apontou que o programa contribui para a melhoria do desempenho escolar, daí que aumentam os alunos matriculados nos estabelecimentos que oferecem lanche.

Entretanto, o director nacional adjunto do Programa Mundial para Alimentação (PMA), Maurício Burtet, apontou que o PRONAE representa um investimento essencial no futuro porque contribui para que as crianças aprendam e cresçam saudáveis.

Apesar de reconhecer conquistas, aponta que a consolidação do programa passa por investimentos contínuos, políticas inclusivas e colaboração dos diferentes sectores para abranger mais crianças.

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