Sem categoria Editorial Por Jornal Notícias Há 10 horas Criado por Jornal Notícias Há 10 horas 123 Visualizações Compartilhar 0FacebookTwitterPinterestEmail 123 A chuva intensa que acompanhou a passagem da tempestade tropical severa Jude, com maior incidência no Norte do país, é um dos assuntos que marcam a actualidade em Moçambique. Para além de mortos e feridos, este fenómeno meteorológico deixou um rasto de destruição cuja dimensão está ainda em avaliação. Em Nampula o fenémeno provocou, até agora, a morte de seis pessoas e feriu vinte, para além de aproximadamente 1863 famílias afectadas, 908 casas completamente destruídas, quando se está ainda a fazer o levantamento. Há pelo menos oito cortes de estradas, três dos quais na N1, a principal rodovia que liga o país do Sul a Norte. O cenário força as autoridades a redobrarem os esforços de modo a socorrer as vítimas e também se ocuparem pela reposição da transitabilidade das vias afectadas pelas intempéries. Facto preocupante: é a terceira tempestade que assola mais ou menos a mesma zona em quase três meses. Pode-se afirmar que a frequência destes fenómenos extrapola, de certa forma, as previsões meteorológicas, aumentando a pressão sobre os escassos recursos de que o Governo dispõe para assistência às famílias e não só. Neste quesito, vale recordar que aquando da aprovação do Plano de Contingência para a Época Chuvosa e Ciclónica 2024/2025 o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) estimou em nove mil milhões de meticais o défice, para um orçamento fixado em 11 mil milhões de meticais para responder às necessidades de emergência. Trata-se de uma realidade desafiadora e que chama à atenção de todos para a necessidade de solidariedade interna, num contexto em que o país precisa de continuar a dotar-se de infra-estruturas resilientes, porque estes fenómenos, associados às mudanças climáticas, vieram para ficar. Vale aqui ressaltar que os ciclones ocorrem num momento em que o país continua a viver um ambiente atípico, caracterizado por focos de desordem que perturbam o curso normal da economia, fragilizado ainda mais a capacidade para a mobilização de receitas públicas. A ocorrência destes temporais não apenas agrava a emergência do ponto de vista de assistência humanitária como também ameaça a integridade de algumas infra-estruturas, como o Porto de Nacala, que apesar do enorme investimento realizado nos últimos anos a sua viabilidade pode estar em causa devido à erosão na parte alta da cidade, que ameaça cortar os acessos. Significa que falar da viabilidade do porto é falar também da sobrevivência do município de Nacala, que precisa dum plano emergencial para conter a erosão, que já começa a perigar a integridade de algumas das suas infra-estruturas. Porque ainda estamos na época ciclónica, não podemos terminar esta nossa reflexão sem reconhecer o trabalho realizado pelos órgãos ligados à prevenção das calamidades naturais, que resulta na redução do número de mortos devido a fenómenos naturais. Esperamos igualmente que as autoridades da Saúde estejam à altura de conter a propagação da cólera, associada à deterioração das condições de saneamento do meio por causa da chuva, que ainda cai. Foto: Féling Capela Leia mais… Você pode gostar também INAM prevê chuvas acima do normal Apreendida meia tonelada de drogas diversas Armazém do Hotel Avenida em chamas Sporting goleado pelo Borússia Dortmund Compartilhar 0 FacebookTwitterPinterestEmail Artigo anterior Zainadine regressa ao Mahafil Próxima artigo Polícia busca pistas do empresário raptado Artigos que também podes gostar Interditas actividades no mar devido a tempestade tropical Jude Há 4 dias Governo cria fundo para impulsionar empreendedorismo Há 3 semanas Membros do Comité Central querem uma Frelimo fortalecida Há 4 semanas Secretario-Geral da Frelimo apela à paz e harmonia Há 4 semanas Avaria no transformador deixa 300 clientes às escuras Há 1 mês Moçambique expande produção local de medicamentos Há 1 mês